separações e reencontros

Carnaval com os primos

Resolvi fazer um encontro dos primos neste Carnaval. Consegui a adesão da metade dos sobrinhos do meu pai. Se convidasse os primos por parte de mãe teria que alugar salão de festas. Na última contagem, há dez anos, eram quarenta e oito. Em uma década, alguns dos meus tios tiveram mais filhos. Tem uma turminha que nem conheço. A vida dá muitos rodopios. Às vezes, não nos convida para dançar. É estranho eu não saber quem são todos os meus parentes. Com você acontece o mesmo?

Para o encontro dos primos, criei um grupo no whatsapp. Selecionei o nome dos que eu tenho  contato e pedi a eles que acrescentassem os demais. Uma das primas adicionou alguém. Liguei para ela e perguntei se não havia se equivocado de grupo. Ela esclareceu que se trata de um primo, sim! Filho de um tio que eu também não conheço. Sabia da existência desse tio, mas nunca o vi.

Como acontecem tais distanciamentos? Porque deixamos isso acontecer? As mágoas de pais precisam ter continuidade através dos filhos? E os filhos? Precisam dar continuidade a esse legado? Não me parece justo eu nem conhecer um primo, que talvez seja uma pessoa bacana, porque nossos pais brigaram quando jovens. Eu nem sei o motivo da tal discussão do passado e meu pai, hoje com Alzheimer, não lembra do ocorrido.

Até que ponto os laços de família pesam nos relacionamentos? Vou tentar descobrir isso neste Carnaval. Reencontrarei pessoas tão diferentes de mim. Será que basta ser parente para que tenhamos afinidade?

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