A Câmara de Vereadores de Cachoeirinha vai ser palco de novos confrontos na manhã desta sexta-feira, ao que tudo indica. É que o presidente, vereador Marco Barbosa (PSB) confirmou a sessão na qual deverá ser votado o ‘pacotaço’ do prefeito Miki Breier (PSB) com 11 projetos que eliminam vantagens agregadas aos salários do funcionalismo municipal.
E o presidente do Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha (Simca), Guilherme Runge, já avisou que a categoria vai em peso ao Legislativo tentar barrar a votação dos projetos que, segundo alega, retira vantagens adquiridas pelo funcionalismo. O início da sessão foi marcada por Barbosa para as 9h20min.
O vereador disse que está tentando negociar com o presidente do Sindicato dos Municipários um acordo que permita a votação dos projetos sem incidentes e riscos à segurança pessoal dos vereadores, dos funcionários do Legislativo, aos próprios servidores municipais e ao público em geral.
Barbosa não pretende reforçar a segurança e quer estabelecer um mínimo possível de pessoas na assistência, de preferência apenas assessores parlamentares, autoridades que forem à Câmara e os dirigentes do Simca.
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Barrar não
— Estamos tentando um acordo com o presidente do sindicato. Está aberto inclusive para ele usar a tribuna e se manifestar. O que não pode acontecer é os municipários impedirem a votação, como alguns estão querendo. Isso não pode — disse Marco Barbosa.
O presidente do Legislativo de Cachoeirinha confirmou há pouco para o Seguinte: que se houver invasão da Câmara e for impossível realizar a votação na manhã desta sexta, vai convocar os vereadores para a parte da tarde quando, daí, a sessão será sem público.
— Se isso acontecer, de impedirem a sessão da manhã, vamos fazer na parte da tarde. Sem público. Mas espero que o bom senso prevaleça e isso não aconteça.
Sessão suspensa
Na última terça-feira o presidente Marco Barbosa cancelou a sessão em que o ‘pacotaço’ de Miki seria colocado em votação, segundo alegou, por questões de segurança. Um grande número de funcionários municipais foi à Camara com a intenção de assistir à sessão e impedir a votação.
A Brigada Militar e a Guarda Municipal impediram o acesso e mantiveram os manifestantes fora dos portões de acesso. Mesmo assim, quando foi aberto espaço para o presidente do Simca, Guilherme Runge, entrar no prédio, aconteceu a invasão do pátio e saguão.
Para conter o público a Brigada teve que usar inclusive ‘spray de pimenta’, fato que gerou uma nota oficial do Sindicato dos Municipários de Cachoeirnha em que as mulheres se queixaram de agressões, tanto dos PMs quanto dos guardas municipais.
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Brigada usa spray de pimenta – Roque Lopes – oreporter.net)
O spray foi empregado pelos PMs do 26º Batalhão da Brigada Militar de Cachoeirinha quando um dos manifestantes tentou forçar a porta de acesso ao saguão e foi afastado pelos brigadianos. Diante dos ânimos exaltados um dos policiais fez uso do spray, o que provou a revolta dos municipários.