Não por falta de história Sônia Oliveira, filha do lendário Dorival de Oliveira, ex-prefeito e primeiro deputado da aldeia, raramente se manifesta publicamente. Presidente do PMDB, diversas vezes ouve de Marco Alba, a quem acompanha desde a Assembleia Legislativa, passando pelo secretariado de Yeda Crusius e a Prefeitura, um “fala, guria!”, ao que apenas sorri, compondo mesas em atos políticos e cerimônias de governo.
Discreta, fora do ciclo mais íntimo, e das pessoas que vivem a política da aldeia, poucos são capazes de lembrar sua voz. Sexta, a secretária da Educação falou. Digitou, na verdade.
Em uma postagem que soa como caixa alta, ela respondeu em seu facebook a crítica sobre o atraso nas obras de creches feita, também na rede social, pela candidata a prefeita Anabel Lorenzi (PSB).
– Suas premissas de ponderação são frágeis, falaciosas e maldosas, ou a senhora é mesmo desinformada. Nem me refiro à candidata, mas à professora, que tem por ofício educar e formar cidadãos. É de lamentar sua postura! – teclou.
O post de Anabel, que deu o Grr à polêmica, você lê clicando aqui. A postagem de Sônia, com a explicação sobre o que houve com as obras nas escolas infantis, e onde reproduz reportagem de ZH sobre o tema, você acessa clicando aqui ou lendo a reprodução abaixo.
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A crítica é um fator aceitável e natural nas disputas políticas. No entanto, mesmo as adjetivações mais severas não podem prescindir de uma base de verdade. Ao tratar da construção das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) em Gravataí, a sra. peca pela total desinformação, fazendo uma crítica infundada.
Para seu conhecimento: por um modelo de licitação adotado pelo governo Dilma, uma única empresa – a MVC Componentes Plásticos, do Paraná – assumiu mais de cinco mil obras de construção de Emeis em todo o país, sendo 208 no Rio Grande do Sul, conforme matéria de capa do jornal Zero Hora (segue foto), em 6 de janeiro último. Até essa data, somente seis escolas infantis haviam sido concluídas pela construtora MVC — 2,9% do total.
No caso de Gravataí, das 14 previstas, somente seis foram iniciadas, mas abandonadas pela MVC durante a execução. A empresa alegou problemas financeiros. A Prefeitura, então, retomou a construção de seis Emeis, pelo modelo tradicional, e as demais foram distratadas.
Em um investimento de R$ 8,7 milhões, estão sendo construídas as Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) Raio de Sol e Favo de Mel (R$ 1.907.668,21), Bem Me Quer (R$ 1.788.665,11), Costa do Ipiranga (R$ 1.228.851,31) e Cohab C (R$ 1.773.665,11), em parceria com o Governo Federal – através do Programa Pró-Infância, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Diferentemente de o que a sra. afirma, de forma equivocada e oportunista, a gestão do prefeito Marco Alba foi zelosa com o dinheiro público, verdadeiramente cuidando das crianças e investindo em Educação. Importante ressaltar: todas as entidades aptas para convênios já tiveram seus contratos renovados, totalizando 1.800 crianças atendidas para 2017.
Suas premissas de ponderação são frágeis, falaciosas e maldosas – ou a sra. é mesmo desinformada. Nem me refiro à candidata, mas à professora, que tem por ofício educar e formar cidadãos.
É de lamentar sua postura!
Att,
Sônia Oliveira
Secretária Municipal de Educação
