A pergunta de qual o prejuízo que nossa região vai sofrer com a extinção da Fundação Zoobotânica (FZB) deve ser feita por todo o morador do Vale do Gravataí, visto que nossa região possui a maior Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Grande do Sul.
Quando esta unidade de PROTEÇÃO foi criada, ela tinha como objetivo maior assegurar com que não viéssemos a sofrer com a destruição das nascentes do rio Gravataí e fosse garantida a sobrevivência do maior banhado existente na região metropolitana de Porto Alegre, bem como um dos maiores ecossistemas aquáticos, responsáveis pela sobrevivência de milhares de espécies em processo de extinção.
Nossa preocupação é focada no conhecimento acumulado pelas dezenas de profissionais que nos últimos anos tem conseguido criar as condições científicas para que pudéssemos avançar no Plano de Manejo da APA e assim consolidar a luta de milhares de horas de investimento intelectual para a proteção tão esperada do Banhado Grande.
Muito além da suposta economia burra proposta pelo governo do Estado, este ato vai exigir um grande retrabalho para que possamos novamente reorganizar nossas forças para continuarmos a perseguir o objetivo de garantir água e proteção para quem não pode se proteger dos desmandos administrativos de um governo que tem o rumo de matar a pesquisa científica do Rio Grande do Sul.
Começamos em 2017 com a missão de buscarmos a melhor solução para esta catástrofe que ocorreu em nossa região.
Quando em 1998 construímos o ambiente para que aqui no Vale do Gravataí tivéssemos uma APA, estávamos procurando consolidar o futuro da biodiversidade.
Iniciaremos um novo capítulo de nossa história de lutas, para que as futuras gerações consigam saber que somente com muitas batalhas podemos vencer na consolidação de nossos sonhos e garantir com que tenhamos ecossistemas protegidos das ações equivocadas de gestores públicos de plantão, que assumiram a função de proteger e somente conseguem desenvolver o papel de síndicos de nosso Estado.
