Para os amantes da boa pizza, da ilha de massas, buffet de saladas e grelhados do tradicional restaurante Mercato, de Cachoeirinha, uma má notícia: a casa está fechada, foi vendida, está em reforma, deve trocar de nome e não tem data para reabrir.
O negócio foi confirmado nesta quarta pelo empresário Volmir Carboni, lembrando que o fechamento do melhor espaço gourmet do gênero da cidade se deu após receber um grande público no dia dos namorados deste ano, 11 de junho.
Inicialmente era para passar por uma ampla reforma estrutural, uma readequação do cardápio e uma reciclagem dos funcionários, para aprimorar ainda mais o nível do atendimento, e reabrir as portas no máximo em 60 dias.
Da fronteira
No meio do caminho, porém, surgiu uma proposta de compra para o Mercato que seduziu “dom” Carboni e, em agosto passado, ele fechou negócio com um empresário do ramo de restaurantes de Sant’Ana do Livramento, na Fronteira-Oeste gaúcha.
Nesta quarta, quando conversou com o Seguinte:, o ex-dono do Mercato confirmou apenas que o nome da nova proprietária é Mariana Giacomini, e que o restaurante foi um presente que ela ganhou do pai.
No prédio em obras, o operário Valdecir João Alfredo confirmou, por telefone, a venda do Mercato, disse que a nova dona era “uma mulher de Livramento” e que Carboni não aparece no restaurante há vários meses.
Dando aula
“Dom” Carboni ficou à frente do Mercato por cerca de 15 anos e, quando fechou, oferecia mais de 40 sabores de pizzas e uma ilha que permitia inúmeras combinações a partir das massas fettuccine, conchiglione, spaguetti e taglierini.
Das pizzas, lembrou que havia doces e salgadas e, sobre a ilha de massas, conta, com peito estufado:
— Nós fomos os precursores em toda região em oferecer uma ilha de massas como a que tínhamos no Mercato. Só para dar uma ideia do que era aquilo, todos os demais que passaram a ter ilha de massas copiaram de nós, e teve até faculdade que esteve no Mercato para ver como era, aprender e repassar para os acadêmicos de culinária e hotelaria.
: “Dom” Carboni, como é chamado pelos amigos, voltou ao ramo das carnes nobres
Tudo de novo
Aos 54 anos completados em 21 de setembro passado, casado e pai de dois filhos, Carboni lamenta ter passado à frente a posse do Mercato. Aliás, ele manteve a marca como sua propriedade e até o nome da casa deve ser trocado pelos novos donos.
— Foi uma pena, mas para continuar seria preciso além da reforma uma série de providências. Pena também porque o Brasil nos prepara surpresas que a gente não gostaria de enfrentar — afirma, referindo-se à crise econômica do país que fez cair muito o movimento da casa a partir de 2015.
O empresário garante, porém, que se voltar a investir no ramo optaria por abrir um restaurante, preferencialmente uma pizzaria, em Cachoeirinha. E admite que deixou a cidade “meio órfã” sem o Mercato como opção gastronômica.
Para fazer “tudo de novo”, Carboni diz que seria necessário se reinventar.
— Tu cansa! Eu já estava cansado e não estava conseguindo me reinventar para manter em alta a clientela. E a crise (econômica) nos judiou bastante — diz.
: Estrutura do ex-Mercato está passando por reforma, ainda sem data definida para reabrir
E agora, Carboni?
Depois da era Mercato, Volmir Carboni voltou à um ramo de atividades que conhece bem, das carnes nobres. Como um "garoto-propaganda" passou a divulgar o melhor da produção Hereford aos consumidores brasileiros, ligado à Associação Brasileira de Hereford e Bradford (ABHB).
Antes de ser um restauranter, “dom” Carboni já havia trabalhado no setor por cerca de oito anos. Agora está viajando pelo Brasil apresentando as carnes das raças Hereford e Bradford aos melhores restaurantes nacionais. A atividade começou no início do ano, quando criou a empresa Carnes do Sul.
No jornal
Uma reportagem publicada no Jornal do Commércio, de Porto Alegre, no espaço “Empresários & Cia” assinado por Osni Machado, deu ênfase ao novo empreendimento de Volmir Carboni.
Osni escreveu, no início da matéria:
— A empresa Carnes do Sul é a nova iniciativa empreendedora do empresário Volmir Carboni, que idealizou um negócio direcionado à valorização de toda a cadeia produtiva de carne bovina da raça Hereford, genuinamente oriunda do Pampa gaúcho.
— Como se fosse um "embaixador" passou a divulgar o melhor da produção Hereford para os consumidores brasileiros. Sob a chancela da Associação Brasileira de Hereford e Bradford (ABHB), toda carne que ele comercializa é certificada e segue o padrão "top" internacional.
Clique na imagem para ler a matéria completa.
Importante
O Seguinte: tentou contato com Mariana Giacomini mas até o final desta tarde não obteve resposta aos recados deixados em sua página pessoal na internet.
