Desde 18 de setembro de 2013 a prefeitura de Gravataí desenvolve um programa especial, voltado à segurança no trânsito. É o Programa Municipal de Segurança e Educação no Trânsito (Promset).
Trata-se de um programa coordenado pela secretaria municipal de Mobilidade Urbana (Semurb), que tem a frente o secretário Adão de Castro Júnior, e envolve as secretarias municipais de Segurança Pública e de Educação.
Através desde programa é que são realizadas diversas atividades com a finalidade de promover a educação no trânsito e, principalmente, a redução da acidentalidade e do número de vítimas fatais.
Pois, pasmem, leitores!
Uma meta estabelecida em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU) – para diminuir as mortes em razão dos acidentes de trânsito – e que deveria ser atingida somente em 2020, está sendo alcançada, aqui em Gravataí, quatro anos antes.
A meta faz parte do programa “Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020” da ONU, pelo governos de todo o mundo se comprometem a tomar novas medidas para prevenir os acidentes que matam mais de 1,3 milhão de pessoas ao ano.
Os números
A meta fixada é de reduzir até o final da década em 50% o número de óbitos, conforme a diretriz da ONU. Em Gravataí, dos 58 óbitos ocorridos em 2013, o índice baixou para 19 mortes neste ano – ainda faltam 22 dias para encerrar o ano.
Trata-se de uma redução de 67,24%, ou mais de 17 pontos percentuais acima da meta traçada. Em 2014 foram 42 óbitos e em 2015 foram 29 mortes resultantes de acidentes de trânsito, de modo geral, em Gravataí.
Ou seja, uma estatística que apresentava, até o ano de 2013, uma linha ascendente no gráfico da mortalidade decorrente da acidentalidade, em 2014 iniciou uma rota descendente que coloca Gravataí como único município gaúcho que já atingiu a meta.
Sem milagre
Os indicadores fazem parecer que o que aconteceu em Gravataí é um milagre. O secretário nega!
— Não foi milagre, mas muito trabalho realizado simultaneamente em três frentes. Desde 2013 a gente vem melhorando e ampliando a questão da sinalização viária, a fiscalização no trânsito, e a educação para o trânsito – explica o secretário Adão.
A educação é promovida em ações nas escolas com o foco nos professores, para que atuem como multiplicadores.Também são realizadas palestras nas empresas e ações como a “balada segura” que, daí, envolvem a Brigada Militar, Polícia Civil, e Polícia Rodoviária.
— Estamos muito felizes com este resultado porque, entre os municípios com mais de 100 mil veículos na frota, que é o caso de Gravataí, somos o que mais reduziu o número de óbitos por causa de acidentes de trânsito no estado.
— E, certamente, estamos entre os pouquíssimos municípios do Brasil que alcançaram resultados tão significativos neste mesmo espaço de tempo — comemora.
Violência
O Brasil apresenta uma taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes, segundo estimativas divulgadas em maio passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça.
O país tem o quarto pior desempenho do continente americano atrás de Belize, República Dominicana e Venezuela – a campeã de acidentes na região com 45,1 mortes por 100 mil habitantes.
A OMS também estima que o número de mortos nas estradas em todo o mundo pode chegar a 1 milhão por ano, até 2030. A projeção mundial de vítimas fatais de acidentes tem um peso maior nos países de baixa e média renda, grupo no qual se encontra o Brasil.
Quem é Adão
– O secretário Adão de Castro Júnior é gestor de trânsito e transporte por formação (Universidade Luterana do Brasil) com especialização em segurança no trânsito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
– Ele atua nesta área desde 2001 e desde 2013 é o secretário municipal de Mobilidade Urbana de Gravataí.