O velório coletivo das vítimas da tragédia com o voo da Chapecoense mudou e muito provavelmente só vai ocorrer sábado pela manhã. A previsão era nesta sexta-feira, mas a liberação dos corpos atrasou e o voo só vai chegar a Chapecó entre a meia noite e seis horas da manhã de sábado (3/12).
Pelo menos 51 – dos 71 mortos – serão velados dentro da Arena Condá. O porta-voz da Chapecoense, Andrei Copetti, disse em entrevista coletiva hoje (1/12) que as famílias poderão optar por levar os corpos para suas cidades diretamente do aeroporto de Chapecó.
Para os que serão velados no estádio, o tempo mínimo de permanência na Arena Condá será de quatro horas. Depois os corpos poderão ser liberados para o enterro em outras cidades ou estados.
Segundo Copetti, por enquanto está confirmado o sepultamento de 16 pessoas em Chapecó, das 22 vítimas nascidas ou residentes em Santa Catarina. São pessoas que tinham ligação direta com a cidade.
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Os números
Dos 71 mortos na queda do avião da LaMia na madrugada de terça (horário brasileiro), 12 são gaúchos, entre eles o zagueiro gravataiense Filipe Machado, de 32 anos. O estado que tem o maior número de nomes entre as vítimas fatais é Santa Catarina: 22.
O Rio de Janeiro é o estado de origem do terceiro maior número de vítimas fatais, 14, seguido por São Paulo, 7, e Paraná, 5. Minas Gerais e Pernambuco têm duas vítimas cada, e Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe e Bahia são estados de origem de uma vítima, cada.
Entre as vítimas fatais ainda estão sete colombianos, entre os quais os dois pilotos do LaMia, Miguel Quyiroga, de 54 anos, e Ovar Goytia, 50 anos. Outras seis pessoas sobreviveram à queda do avião e estão internadas em hospitais e clínicas da Colômbia.
Pane seca
Foi confirmado nesta quarta que o avião que transportava a delegação estava sem combustível quando caiu perto de Medellín, na Colômbia. Fredy Bonilla, secretário de Segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia, afirmou que isso pode ter provocado "pane seca", levando a aeronave a cair.