a eleição que não terminou

O próximo prefeito viaja por Sedex

Henrique Neves, ministro do TSE

Ao fim da sexta-feira subiu por Sedex, para Brasília, o ‘segundo turno’ de Gravataí – ‘terra da GM’ e a aldeia onde a eleição não terminou.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o acórdão com a impugnação da candidatura de Daniel Bordignon (PDT), por unanimidade, e o recurso apresentado pela defesa do ex-prefeito, que foi o vencedor nas urnas.

O TSE poderá validar os votos e diplomar Bordignon como prefeito, ou marcar nova eleição, da qual ele não poderá participar.

Nos bastidores, há uma terceira tese, a que se agarram apoiadores do prefeito Marco Alba (PMDB), que é a declaração do segundo colocado como vencedor.

 

Um em 8 mil

 

O processo estará pronto para entrar na pauta a partir do dia 25 deste mês. Conforme dados do TSE, 8.440 candidatos – quase 2% dos 473.849 que disputaram a eleição prefeito, a vice-prefeito e a vereador – concorreram com registro indeferido mas com recurso, ou seja, tiveram candidatura rejeitada e recorreram.

Nesses casos, iguais ao de Bordignon, o candidato foi votado normalmente, mas o resultado apareceu zerado. Os votos ficaram armazenados e só serão validados se o recurso for acatado e o registro for definitivamente aprovado.

 

Ministro fala em "provável" prioridade

 

Henrique Neves, ministro do TSE, explica que, com a campanha eleitoral mais curta neste ano – a minirreforma reduziu o prazo de 90 dias para 45 dias -, os juízes tiveram menos tempo para analisar os casos e os recursos estão demorando mais para chegar ao TSE.

– Por isso, há preocupação com o candidato a prefeito cujos votos possam, de fato, alterar o resultado da eleição – alerta.

– O TSE irá, provavelmente, priorizar o julgamento dos recursos cuja análise tenha impacto no resultado das eleições, para que até a data da diplomação todas as situações estejam definidas – informa.

 

Sem diplomação, vereador(a) assume Prefeitura

 

O prazo final para a diplomação dos eleitos é o dia 19 de dezembro e eles tomam posse no início de 2017.

Se não houver decisão do TSE até 19 de dezembro, não há diplomação. Quem assume interinamente a Prefeitura a partir de 1º de janeiro de 2017 é o presidente da Câmara, eleito entre os novos veadores logo após a sessão de posse.

 

GreNal, Sartre, o inferno e o céu

 

Enfim, a definição sobre quem será o prefeito da quinta economia gaúcha saiu das urnas, viaja por Sedex e terá sua decisão no tapetão.

O otimismo dos dois lados é total, como num bom GreNal.

Se Sartre dizia, “o inferno são os outros”, acrescentemos:

– O céu também.

 

 

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