Comitê Gravataí pede a suspensão do uso da água de agricultores que foram flagrados no final de semana jogando água com rejeitos no Rio Gravataí
A reunião do Comitê Gravataí que aconteceu na tarde desta terça-feira (11) em Viamão pediu à Fepam e ao Departamento de Recursos Hídricos do Estado (DRH) a suspensão das outorgas pelo uso da água das propriedades que foram flagradas no final de semana devolvendo água com rejeitos da lavoura ao Rio Gravataí.
A suspensão das outorgas é o primeiro passo para enquadrar os produtores em crime ambiental e recuperar a capacidade do rio.
– Com a suspensão do uso, é possível manter o abastecimento da população – explica o geólogo Sérgio Cardoso, presidente do Comitê Gravataí.
O Ministério Público também deve acionar os produtores pelos prejuízos ambientais causados e o desabastecimento das cidades de Gravataí, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha.
No final de semana, a Brigada Militar, a Fepam e a Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí identificaram propriedades rurais que estavam devolvendo ao rio água suja com rejeitos da lavoura de arroz. O excesso de lama provocou a turbidez da água e o entupimento das bombas de captação da Corsan. No domingo, a companhia implantou um sistema de corte no abastecimento a cada três horas para limpeza dos filtros na captação no Passo dos Ferreiros.
O procedimento deixou Gravataí sem água nas torneiras até a metade desta segunda-feira nas regiões mais altas da cidade.