2.947 eleitores fizeram de Paulo Remi Martins, o Paulinho da Farmácia, o vereador mais votado de Gravataí na eleição de domingo. Ele conta para o Seguinte: os próximos planos, a chance de ter sido o vice e a confiança total que devota ao prefeito Marco Alba
Quando o telefone tocou esta tarde para agendar a entrevista com o Seguinte:, Paulinho estava muito longe de casa. Morador da parada 61, foi ao Parque dos Anjos agradecer os votos que fez por lá.
– As pessoas tem uma relação intensa com o voto. Me mostravam a colinha e diziam: tô contigo. Ontem, quando o resultado saiu, eu disse para todos que esta segunda-feira era dia de agradecer por tudo que conquistamos.
Agradecendo e já pensando no futuro. Como o mais votado, a pergunta que nenhum dos amigos lhe deixa de fazer é: e agora, Paulinho, quais os planos?
– Olha, até já disse para minha esposa que, para trás, não volto mais. É só daqui para frente.
Por uma cadeira no plenário da Assembleia
O 'para frente' de Paulinho está em 2018. Ele, que já concorreu a deputado estadual em 2014, pensa em disputar de novo uma vaga na Assembleia.
Dessa vez, pelo PMDB – e com todos os cenários que o partido lhe impõe em Gravataí.
– Vamos ter que conversar com o prefeito Marco Alba, com o deputado federal Jones Martins. Eu sei que o Jones também quer! – resume, tentando fugir um pouco de uma afirmação peremptória sobre o tema.
Até porque não dá para afirmar nada, mesmo.
Com a eleição para prefeitura ainda pendente de uma definição, o PMDB de Gravataí pode ter muitos caciques para disputar essa eleição de 2018 para deputado estadual. Nada que assuste Paulinho.
– Confio muito, mas muito mesmo no prefeito Marco Alba. Ele não vai me deixar na mão – aposta.
Já se Marco tiver a condição de ser o prefeito em 2017, Paulinho também não descarta um posto no primeiro escalão do governo.
– Se for convidado pelo prefeito, vou sem o menor problema.
Zambiasi no PMDB? E em Gravataí?
Paulinho nunca escondeu que sua relação com o radialista Sérgio Zambiasi foi o que o motivou a escolher o caminho da política. Aprendeu que o assistencialismo é também uma forma de ajudar o próximo que precisa. E mesmo tendo deixado o PTB em março por divergências com a direção local da sigla, nunca se afastou do padrinho político.
Agora, é um dos que assumem a conversa com ele sobre os planos de seguirem a parceria no PMDB.
– O Zambiasi está com vida livre. Pode concorrer a deputado estadual, federal… E quem sabe até vir para Gravataí – conta.
Em Gravataí?
– Sim, porque não? Ela pensa em morar aqui. Mas não tem nada decidido, só planos, conversas… – despista
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