salário dos vereadores

José Rosa: de inimigo ao elogio

José Rosa, presidente do Sindilojas de Gravataí

Pelo menos nos bastidores, o presidente do Sindilojas José Rosa tinha virado uma espécie de ‘inimigo nº 1’ dos vereadores, após usar a Tribuna Popular para criticar o aumento nos salários autoconcedido pelos parlamentares em julho – e depois barrado pela Justiça de Gravataí.

Talvez só Juarez Souza (PMDB) confirme publicamente sua posição de antagonismo a Zé Rosa, mas os vereadores que aprovaram o engorde no bolso não podiam nem ouvir falar no líder empresarial.

E os que foram contra também ficaram incomodados pela fala do presidente ter repercutido nas ruas e nas redes sociais como um ataque generalizado a todos os parlamentares.

Nesta quinta-feira, a dois dias de completar dois meses da tarde em que chegou à Câmara recebendo tapinhas nas costas e saiu apupado por discursos inflamados dos vereadores, José Rosa enviou ofício ao presidente Nadir Rocha (PMDB) dando os parabéns pelo congelamento dos salários para a próxima legislatura.

Para quem não acompanhou, Nadir anunciou, em entrevista ao Seguinte: na terça-feira, que não vai levar a votação nenhum projeto alterando os salários que receberão os próximos vereadores.

No documento, o presidente do Sindilojas diz que a medida “atende aos anseios da sociedade e ao mais elevado interesse público”.

– O presidente teve coragem, moral e bom senso – elogia, acrescentando que, em nome dos associados e da diretoria, o Sindilojas “contava como atendida” a reivindicação levada à Câmara em 26 de julho.

– Acredito que nosso objetivo, ao protestarmos contra um reajuste que já havia sido concedido, surtiu o efeito desejado. Na figura do presidente, temos hoje um legislativo mais consciente e comedido no uso de recursos públicos – conclui José Rosa.

É uma mesura em uma estreitada inimizade.

 

Justiça barrou aumento de julho

 

A Câmara aprovou, por 13 votos a 6, projeto que concedia aos vereadores os mesmos 8,13% oferecidos ao funcionalismo municipal como reposição da inflação em 2014 para 2015.

O 'engorde' no contracheque elevaria os vencimentos de R$ 9 mil para cerca de R$ 9,8 mil.

O aumento acabou barrado na justiça, a pedido do PDT, em liminar concedida pela juíza Marluce da Rosa Alves, da 1ª Vara Civel de Gravataí.

 

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