Presidente da Câmara e líderes de bancada se reúnem nesta terça para discutir como será a votação do projeto que fixa o salário dos vereadores para o ano que vem
A poucos dias do encerramento do prazo para votação do projeto de lei que vai fixar o salário dos vereadores para a próxima legislatura, ninguém aposta nada. Até sexta, a maioria dos líderes de bancada defendia o congelamento do salário – mas o travesseiro do final de semana de campanha pode mudar a cabeça de muita gente.
– Acho que vamos chamar uma coletiva para falar sobre isso amanhã (nesta terça) – disse o presidente da Câmara, Nadir Rocha (PMDB), nesta segunda.
Nadir deve apresentar o projeto até às 16h desta terça – quando, então, o documento segue para a análise das comissões e votação no plenário na quinta, data limite para uma definição.
Na prática, duas hipóteses ainda sobrevivem: aumento até o teto – passaria de R$ 9,5 mil para R$ 14,5 mil – ou congelamento nos R$ 9,5 mil atuais.
O que pensam as bancadas
PMDB
O PMDB não bateu martelo, mas o candidato do partido, Marco Alba, já defendeu publicamente que é contra o aumento e que abre mão de qualquer reajuste em seu salário, caso seja reeleito. Pôs a pressão sobre a bancada para fazer o mesmo. Alan Vieira, aliado de Marco na bancada, é contra o aumento.
– Não é o momento, não tem clima político para isso. Seria um gesto que a população não entenderia.
Democratas
Evandro Soares disse ao Seguinte: que vota contra o aumento, se ele surgir.
– Mas o clima é para um projeto que congele no salário atual.
Para ele, as articulações pelo aumento não vão prosperar a poucos dias da eleição.
– A maioria dos vereadores é candidato e sabe que as urnas vão cobrar um preço grande.
PSD
Dilamar Soares, líder da bancada do PSD, já submeteu a questão ao partido e vem de lá com posição fechada para os três integrantes de sua bancada.
– Vamos votar contra.
A crise e o desemprego são as justificativas.
– Não tem clima para aumento de político num momento desses.
PDT
O líder da bancada do PDT, Alex Peixe, disse a posição do partido é a mesma já manifestada quando houve a votação do reajuste inflacionário, em julho.
– Defendemos o reajuste zero.
A proposta, inclusive, está no programa de governo do candidato do partido, Daniel Bordignon, que defendeu que o salário do prefeito também não sofresse aumento.
PV, PSB, Rede e PRB
O presidente estadual do PV, Márcio Souza, não retornou às ligações do Seguinte: para manifestar sua posição sobre o assunto. Carlos Fonseca, do PSB, e Maribel Wagner, da Rede, não foram encontrados.
Tanrac Saldanha, do PRB, disse que vai votar conforme a orientação do governo – ou seja, a favor de um congelamento.