o luto por abílio

Velório reúne familiares, amigos, políticos e eleitores

Irmã Cândida Vendrusculo foi ao ato e comandou uma oração coletiva durante o velório

O velório do ex-prefeito e ex-deputado Abílio Alves dos Santos começou cedo. Por volta das 6h desde domingo (28), a Guarda Municipal e a chefia do Gabinete do Prefeito receberam o corpo que veio do Hospital Santa Casa direto para o saguão da Prefeitura.

A partir das 7h, as portas do prédio 1350 da Avenida José Loureiro da Silva foram abertas.

Aos poucos, começaram os primeiros familiares. A filha de Abílio, Lisiani dos Santos, chegou com as filhas. O genro Laone Pinedo, que é secretário da Saúde, organizou junto ao governo os atos fúnebres.

A fiel escudeira Bia Padilha e a companheira Nara Campos sentaram-se próximos ao esquife.

Familiares da ex-mulher de Abílio, Ireny dos Santos, mãe de Lisiani, foram prestar os seus sentimos à prima inconsolável.

Por volta das 8h30, o vice-prefeito Francisco Pinho (PSDB) chegou ao velório. Ele lembrou que Abílio o chamava por Chico e disse que, se não fosse pelo padrinho que chegou a prefeito e deputado, não teria entrado na político.

– Foi ele quem me convidou a primeira vez que concorri.

Edir Oliveira, presidente do PTB de Gravataí, chegou logo depois, com uma bandeira do partido sob o braço. Cumprimentou a todos no saguão – muitos dos quais, companheiros do seu tempo de governo ou do tempo de Abílio.

Com a ajuda de Sandra Dalcin, chefe do Gabinete do Prefeito, estendeu a bandeira do município sobre o peito de Abílio e, mais abaixo, a do PTB. Um amigo gremista que chegou fardado ao velório lembrou que ainda faltava a bandeira do Grêmio, o time do coração do ex-prefeito.

 

O decreto e o respeito à família

 

O prefeito Marco Alba chegou por volta das 9h30, vestindo termo escuro e camisa azul marinho, com gravata. Cumprimentou os presentes, conversou com a filha de Abílio e pediu que Sandra Dalcin lhe trouxesse "o papel".

Era o decreto de luto.

Assinou com a família, reservado, no hall onde fica o mural de publicações legais da Prefeitura. Em respeito à família, não foram feitas imagens da assinatura.

O documento foi lavrado em seguida pelo servidor Julio Wurlitzer – funcionário da Prefeitura desde 1974.

– Abílio foi meu quarto prefeito. Estou no 11º.

O decreto que coloca a cidade em luto oficial por três dias já está em vigor e obriga a uma série de posturas de respeito em órgãos públicos, como o hasteamento de bandeiras a meio mastro.

 

"Meu padrinho"

 

Era 1982.

Marco Alba era o melhor amigo de Vânius dos Santos, o Vaninho, filho de Abílio que morreu tragicamente em 1984 em um acidente de carro na ERS-020.

Marco ajudava na campanha quando um dos candidatos do PMDB na época teve o registro cassado pela Justiça. Como andava com o título de eleitor sempre no bolso, virou candidato.

Suplente, acabou assumindo quando Abílio foi eleito prefeito. E virou seu secretário de Indústria e Comércio para que Cláudio Barcelos, o Badi, precisava assumir como vereador e líder de governo na Câmara.

– Era um homem de um grande coração.

 

Jones também foi

 

O deputado federal Jones Martins (PMDB) chegou logo depois do prefeito Marco Alba. Ele o genro de Abílio, Laone, trabalharam juntos nos primeiros anos do governo Marco na Secretaria da Saúde, da qual Jones era o titular.

Passou o cargo exatamente para Laone em outubro do ano passado quando assumiu função no Ministério da Saúde, em Brasília.

– Minha solidariedade toda à família e ao espírito de homem público simples que Abílio sempre teve e sempre demonstrou.

 

Evandro, Beto Pereira e José Marques pela manhã

 

Depois de Jones, ainda chegaram no final da manhã o suplente de vereador José Marques, e os vereadores Evandro Soares (Democratas) e Beto Pereira, do PSDB, candidato a vice na chapa com Anabel Lorenzi.

 

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