redes sociais

Aceito o desafio: o modus operandi dos virais

Estamos começando a estabelecer, instintivamente, uma espécie de modus operandi para as discussões e temáticas de redes sociais, que, naturalmente, permeiam as discussões do "mundo real", também, afinal, redes sociais nada mais são que o megafone dos botecos, das praças, das rodas de chimarrão de outros tempos.

Começa uma nova campanha – se você preferir se referir a isso como moda, é uma questão de percepção -, todos aderem rápido, entram na onda mesmo sem ter propriedade do que se trata. É como se precisássemos participar. Começa com uma angústia, a vontade aumenta e logo estamos lá, personalizando avatar, compartilhando hashtag, postando fotos.

O desafio do balde de gelo, as fotos comendo banana com a hashtag #somostodosmacacos, correntes, novos aplicativos virais, o desafio da foto preto e branca, etc. Até que os chamados "fiscais da internet" percebam o viral, todos brincam e participam livremente. Quando se torna um assunto de senso comum, o modus operandi manda que surja uma série de usuários que começam a postar um contraponto ao viral, recebendo curtidas, palmas e compartilhamentos.

E então, logo surgem os que nem participaram da campanha, mas entram para criticar os que criticam, que já estavam começando a se tornar a maioria. E então o viral, a campanha, não resiste aos desgastes e morre.

Os usuários de redes sociais no Brasil parecem ter necessidade de se posicionar sobre todos os assuntos, desde um terrorismo na França a uma queda de ponte no Rio de Janeiro. É como se precisasse fazer uma nota oficial sobre aquilo. Seja apoiando, criticando ou sendo o isentão.

O mais importante de tudo é que, bem ou mal, praticamente todas as campanhas têm um fundo social, que muitas vezes nem é notado por quem adere. O importante é que o assunto vem à tona. Há, no mínimo, a discussão sobre o tema. O ideal seria todo mundo transpassar um avatar personalizado, uma hashtag e colocar a mão na massa. Mas quem pode julgar isso? eu que não sou. Afinal, também faço parte desse modus operandi. 

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