Crescem as vendas de artefatos para usuários da cannabis. Debate sobre legalização das drogas no Judiciário completa um ano
No mês que vem se completará um ano que o Judiciário brasileiro entrou na discussão sobre a descriminalização do uso das drogas. Foi em agosto do ano passado que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciaram o julgamento da constitucionalidade do artigo 28 da Lei Antidrogas (11.343/2006), que trata das penas para quem for pego portando ou consumindo alguma substância ilícita. O delicado debate, porém, durou menos de um mês. Ao longo desse tempo, dois ministros votaram a favor da legalização do consumo e porte da maconha especificamente: Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. O ministro Gilmar Mendes foi além e votou a favor da descriminalização do uso de "todas as drogas". Pela ordem, o próximo a votar seria o ministro Teori Zavaschi, mas ele pediu mais tempo para analisar o processo e nunca mais voltou a falar no assunto.
O Supremo pode até não ter se decidido ainda. Mas longe do Judiciário, o consumo da maconha já é liberado há algum tempo no Brasil.
– A realidade é que nas regiões ricas da cidade a maconha já é legalizada – diz Zé Gabriel, proprietário da Inca Headshop, uma loja de artefatos para fumar, inaugurada há um mês na Vila Madalena.
– Só é proibida na periferia.
Ao mesmo tempo em que o debate sobre a legalização do consumo da maconha não avança no Supremo, o uso da cannabis sai do armário nas ruas das regiões ricas das cidades e, nessa onda, cresce no Brasil o mercado das chamadas head shops.
Para saber mais, o Seguinte: recomenda a leitura na íntegra da reportagem do El País. Clique aqui