Depois de fingirem-se de “verdes”, grandes corporações apresentam-se como promotoras do ativismo digital “humanitário”. Que desejam? Quais os riscos?
Há mais de um ano, saúda-se a tecnologia digital como panaceia para tragédias como a crise dos refugiados. A mídia vomita reportagens sobre os aplicativos, as maratonas hackers (hackatons) e os anúncios para formações em desenvolvimento de códigos, sem contar as declarações dos gigantes de tecnologia supostamente comprometidos com causas humanitárias.
O AirBnB, Uber e até mesmo uma chamada Universidade das Singularidades apressam-se a tomar o trem em movimento. Todos admiram-se com as soluções inovadoras como Karim, o robô dialógico que, graças a um programa de inteligência artificial, oferece conselhos aos refugiados; ou o serviço de identificação baseado em blockchains,estruturas compartilhadas de autenticação de dados1, que ajudam os sem-documento a comprovar sua identidade. Tenta-se transmitir uma mensagem unívoca: sim, a tecnologia está nas mãos de empresas privadas; mas estas mãos são tão generosas e sensíveis, tão humanas e atentas, que continuarão a se oferecer eternamente.
É preciso mais uma prova do advento de uma nova era – a do capitalismo responsável?
Para saber se é bem assim, o Seguinte: recomenda a leitura na íntegra do artigo traduzido do Le Monde e publicado pelo Outras Palavras. Clique aqui