agora no tudão

A criação de cargos e o machão de multidão

The Charnel House, de Pablo Picasso

O comportamento de alguns vereadores em relação ao projeto que recria cargos de assessoria na Câmara, extintos em um termo de ajuste de conduta firmado com o Ministério Público, lembra o ‘machão de multidão’, aquele que só é valente quando está em grupo, como vemos bastante em torcidas de futebol.

Nas conversas de corredor, quase todo mundo é a favor e indignado com a “interferência no poder legislativo”, mas na hora de mostrar a cara publicamente, não sobra ninguém.

Perguntem ao presidente Nadir Rocha (PMDB). Cascudo, por ele botava o projeto em votação, deixando pronto para os próximos eleitos fazerem as nomeações. Mas como não é bobo, evita enfrentar o desgaste sozinho às vésperas das eleições.

Como a maioria dos parlamentares não quer se incomodar com o MP e a Justiça num ano eleitoral, a ‘reestruturação’ dos cargos foi para a gaveta. Pelo menos até começar a próxima legislatura, quando a proposta pode ser reapresentada.

Como dizem políticos experientes, a maldade se faz toda de uma vez. E, de preferência, logo no início do mandato, para permitir ao povo esquecer até as eleições.

 

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