Ninguém contesta impunemente que foi por conveniência o ‘casamento’ da candidatura de Anabel Lorenzi (PSB) com o grupo do vice-prefeito Francisco Pinho (PSDB).
O ‘dote’ pode ser calculado na matemática eleitoral: Anabel restava sozinha com seus 32 pré-candidatos a vereador pelo PSB e, com Pinho, ganha outros 96 homens e mulheres, pedindo votos pelas ruas, das nominatas do PSDB, PEN e PTN, partidos sob a influência do vice-prefeito.
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Mas um personagem tem oferecido um toque pessoal para além dos números. É o vereador Beto Pereira (PSDB), anunciado como candidato a vice, na sexta-feira passada.
Finíssimo no trato e com um jeito contagiante de ver a vida, como só tem aqueles que conseguiram superar grandes tragédias pessoais, o ‘seu Beto’ tem conquistado a todos pela empolgação com que, aos 64 anos, se jogou na campanha.
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Com uma humildade que não o faz fraco, nem falso, Beto não criou problemas para ser mais discreto na defesa de suas ideias super liberais, como acabar com a estabilidade no serviço público.
O empresário que fez a vida trabalhando por conta no ramo dos transportes, colecionador de Fuscas (como há quatro décadas foi seu primeiro táxi, prefixo 11, na praça do hospital), pela praticidade e a aversão a fofocas ou melindres, agradou em cheio a Anabel.
Os vereadores (Carlos Fonseca, Carlito Nicolait e Paulo Silveira), que convivem com Beto na Câmara, já torciam por ele.
O que assustava Anabel e os seus era uma possível indicação do advogado Dener Gelinger, que além do temperamento diferente, alguns arriscam dizer que é mais obediente politicamente, e tem uma fé cega em Pinho, que nem o próprio filho do vice-prefeito, o vereador Fred, professa.
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