Advogados apresentam medida questionando imparcialidade do juiz e a localização de processos.
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta terça-feira uma nova ofensiva para retirar os processos que o investigam das mãos do juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato. Os advogados protocolaram uma medida questionando, primeiro, a imparcialidade do juiz em relação ao ex-presidente e, depois, a localização geográfica onde as investigações contra Lula estão sendo feitas -segundo eles, como os fatos analisados teriam ocorrido em São Paulo, ele deveria ser julgado neste Estado e não em Curitiba, onde está sediada a força-tarefa. Eles também entraram com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal contra o juiz, por ele ter autorizado escutas de autoridades com foro privilegiado.
Em junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki decidiu devolver a Curitiba as investigações contra o petista e, dias depois, Moro voltou a despachar sobre o caso. A defesa do ex-presidente já havia tentado questionar a decisão de Zavascki, e agora busca se centrar em supostos deslizes do próprio juiz paranaense. Apesar de a defesa considerar que os argumentos são sólidos o suficiente para que sejam acolhidos, há um fator que dificulta a retirada de Moro do processo: quem decidirá que o juiz de Curitiba é ou não imparcial para julgar o ex-presidente é ele próprio. Moro terá três dias para se pronunciar sobre o fato. Caso considere que ele deve prosseguir na investigação caberá à defesa recorrer para a segunda instância, o Tribunal Regional Federal e, em caso de nova derrota, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Se em qualquer das etapas Moro for considerado impedido, seu juiz substituto na Justiça Federal do Paraná é que passará a julgar a ação.
O Seguinte: indica a leitura na íntegra da reportagem publicada pelo El País. Clique aqui