Nestes dias frios, agasalhos quentes são essenciais. Quando falamos nisso pensamos, de imediato, em roupas, mas há um acessório com certo grau de importância para mim: meias. Se meus pés estão aquecidos é sinal de que sobreviverei ao clima gélido previsto para este Inverno.
Ao longo dos anos ainda não descobri um mistério: o sumiço das meias. Já perdi as contas da quantia de pares desfeitos sem uma explicação razoável.
O impressionante é descobrir que falta uma meia sempre naquele momento em que você está se preparando para sair de casa. Você abre a gaveta e se depara com apenas uma meia, justamente aquela que seria adequada para combinar com o calçado que você vai usar! Você corre até o varal em busca daquela que compõe o par e lá não está. Vai até a máquina de lavar roupas, quem sabe, por um descuido ficou dentro? Nada! Abre outras gavetas, talvez esteja misturada com alguma peça de roupa e…..nem sinal!
Bate o desespero e você veste a imaginária capa de detetive. Sai procurando por todos os cantos da casa. Ao não encontrar, em uma fração de segundos a mente cria teorias conspiratórias. Alienígenas raptaram a meia; há um buraco negro na máquina de lavar roupas; você está ficando cego ou o Alzheimer está dando sinais de sua presença. Tudo isso só porque a bendita meia está vagando em algum lugar incerto na casa. Só resta mudar o figurino e, na primeira oportunidade, comprar um novo par. Não há previsão de quanto tempo levará para ser encontrado o pé fujão.
Por sorte a criatividade humana, unida com a solidariedade, encontrou destino para aquela solitária meia. Há um projeto, o “Meias do Bem” que utiliza meias (não só as desparceiradas) para produzir cobertores a serem doados para quem precisa. Aproveitei para dar um destino nobre para as meias que estavam à espera de seu par enquanto não decifro o enigma dos desaparecimentos.
Você também convive com esse mistério?