o seguinte indica:

Quando nem o FMI avaliza Michel Temer

Michel Temer, presidente interino do Brasil

Um documento dos três principais economistas do Fundo critica — tímida e muito tardiamente — ataques aos serviços públicos. Enquanto isso, no Brasil…

 

O artigo de três dos principais economistas do FMI publicado na última quinta-feira (26), a começar pelo título – Neoliberalism: oversold? – , tem tido grande repercussão. A palavra “neoliberalismo” até aqui era considerada um palavrão típico de maluco de palestra, desses que não devem entender nada de economia e de capitalismo. Afinal, seus benefícios estão desenhados em qualquer manual. Só os mais ideológicos ou ignorantes insistiriam em desafiar a Lógica.

Ao invés de estimular o crescimento, os autores, vejam vocês, defendem que algumas políticas neoliberais teriam elevado a desigualdade, prejudicando uma expansão econômica duradoura. O artigo foca dois tipos de política, cuja eficácia vinha sendo questionada em inúmeros estudos do departamento de pesquisa do FMI.

A primeira é a chamada abertura financeira. Segundo os autores, ao invés de estimular o investimento produtivo em países com baixo nível de poupança, o livre fluxo internacional de capitais especulativos tende a elevar a frequência das crises e os níveis de desigualdade.

A segunda crítica refere-se às políticas voltadas para a redução do tamanho do Estado na economia. Os autores destacam que o custo de redução da dívida pública, via aumento de impostos ou cortes de gastos produtivos, pode ser maior do que o benefício.

– Diante de uma escolha entre viver com uma dívida mais alta – permitindo que a razão dívida-PIB caia organicamente pela via do crescimento – ou promover deliberadamente superávits fiscais para reduzir a dívida, governos com espaço fiscal amplo se dão melhor ao conviver com a dívida.

O argumento é reforçado pela referência a um estudo que indica que uma consolidação fiscal de 1% do PIB aumenta a taxa de desemprego em 0,6 pontos percentuais no longo prazo e o índice de Gini, que mede a desigualdade, em 1,5% em cinco anos.

O Seguinte: recomenda a leitura do artigo publicado pelo Outras Palavras. Clique aqui

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