Mãe só tem uma. E se a mãe é única, porque todos temos que dar a ela os mesmos presentes de sempre? A mãe – a sua, a minha, a dele, a nossa, a vossa, a deles – tem que receber o que merece. Quer dizer, ela não merece o que está em oferta ou na preguiça ou na falta de imaginação ou tempo de todos nós. Vamos resolver essa parada juntos: o Seguinte: fez a lista do que não combina (e porque não combina) com a maior homenagem a essa divina criatura. Bom, já sacaram a inovação. Dêem a ela o que quiserem, com o $$$ que puderem, só pensem em como escapar da lista a seguir. Faça isso pela sua mãe e torça para que os filhos façam o mesmo por você. De nada!
Com ele toda mãe vira piloto, comandante e comissária de bordo. Como os filhos sabem, ele não sai do chão. E por causa dele muita mãe jamais decola na vida. Pra dar essa reluzente aeronave, deixe passar o Dia das Mães. Aí ela vai se sentir no céu.
O Luiz Melodia também tem mãe, por isso cantou Lava roupa todo dia, que agonia. Por mais automática e fantástica que seja, reunir, pôr na máquina, programar, retirar, pôr na secadora ou varal, é muito ufa! Não é lembrança que se dê logo na data dela.
É um belo totem branco ou de aço escovado na cozinha. Porém simboliza muito mais a modernidade do lar do que a mãe moderna. Faz ela se despreocupar com o iogurtinho e o leitinho sem lactose da filharada e tal. Mas gratidão é algo caloroso, nunca frio, né?
Há mil maneiras do dia a dia cansar uma mãe: ele pode ser cozido, frito, assado ensopado, refogado, salteado. Há mil e um modos de compensar a mãe que tempera a vida. Renovar o paneleiro pode agradar, sobretudo antes ou depois do dia dela.
Cada montanha de roupas amarrotadas requer horas de esforço para aprontar a boa aparência da família. Por mais leve que seja o aparelho, apostamos que ela prefere exercícios na academia. Alise a mãe com outro mimo. O ferro pode esperar outro dia.
Almoço ou jantar pra trocentos talheres pode ser inesquecível. Quem não lembra de pia cheia? Tanto polimento, tanto brilho. Mas a pessoa mais brilhante no mundo não espera esse reconhecimento. Se tiver que ser de metal, que seja no dedo ou na orelha.
Quantos metros quadrados tem uma casa ou apê? Toda mãe sabe sem medir. Ela sabe quantas idas e vindas motorizadas são necessárias para encerar os ambientes. É o tipo de presente sem vínculo amoroso genuíno. Ou troca o presente ou a data de oferecer.
Lanchinho, cafezinho, suquinho, batidinhas, oh mãezinha querida! Oh mãe ocupada de novo, oh amada atarefada o dia inteiro. Tão atraentes esses acessórios, deixam as mães tão domesticadas. No dia delas, dê folga a eles, e outro tipo de atenção a ela.
Se é para uma mãe deitar e rolar, o ano tá cheio de ocasiões, um presentão desses pode chegar até sem ela estar em casa. Não seria surpreendente? Que os celofanes e os papéis coloridos embrulhem provas de que a mãe foi lembrada como nunca antes.
Dizem que toda mulher sempre tem 20 anos em algum lugar do coração. Não é só lá: da cabeça a juventude nunca vai embora. Até os pés continuam juvenis quando a mãe não é tratada como bisavó. Até tênis rejuvenescem uma mãe, experimente nela.
Por maior que seja a preocupação com o bem-estar de uma mãe, com certeza a data delas não é o melhor momento para demonstrar a importância das enxaquecas. Importante mesmo, além do conforto, é o calor dos gestos, do olhar, das palavras.
Não existe receita de felicidade, mas sempre se pode tentar variar o almoço do Dia das Mães. Seja em casa (ela longe da cozinha), seja em restaurante (escolhido por ela), que a comida tenha algum sabor de novidade, do gosto e prazer dela. E sejam todos felizes.