Sai um réu da Lava Jato, entra um investigado. O afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dará lugar ao deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que também é alvo do inquérito que investiga o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. Ele foi citado pelo doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiados pelas propinas pagas em troca de contratos com a petroleira.
Em sua segunda legislatura como deputado federal, Maranhão foi indicado para a primeira vice-presidência da Câmara por Cunha, de quem é aliado. Mas, na véspera da votação pelo impeachment de Dilma Rousseff, decidiu mudar de posição e votar com o Governo, ao ser pressionado pelo Governador de seu Estado, Flávio Dino. Governistas afirmam que, em troca, ganhou o apoio para concorrer a uma vaga ao Senado na próxima eleição.
– Fechamos questão. Vamos defender a nossa presidenta e salvar o Maranhão – disse ele, em um vídeo em que explicou sua decisão, contrariando a posição de Cunha.
No dia da votação, entretanto, ele direcionou-se ao então presidente da Câmara:
– Quero dizer, presidente querido, que continuarei sendo leal a sua pessoa como presidente da Casa.
Para conhecer mais esse personagem controverso, o SEGUINTE: recomenda a leitura aqui da reportagem publicada pelo El País.