Há certo consenso de que a recessão econômica ajudou a derrubar a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), criando condições para o processo de impeachment que deve ser levado para apreciação do Senado em algumas semanas.
Mas o que esperar, então, de um eventual governo do vice Michel Temer na área econômica, caso o afastamento de Dilma seja aprovado? Como ele pretende lidar com a recessão que ceifa empregos e comprime a renda dos brasileiros?
Ao menos no curto prazo, a avaliação de analistas consultados pela BBC Brasil é a de que o vice deve apostar em medidas que deem um "aceno" aos mercados financeiros, mostrando que ele está comprometido com o ajuste fiscal – embora haja divergências entre economistas de diferentes correntes teóricas sobre se essa seria uma boa estratégia.
Isso significa, inclusive, a adoção de medidas impopulares como um eventual aumento de impostos, além de outras menos polêmicas como o corte de ministérios.
No médio prazo, a avaliação de analistas é que a grande aposta do vice seria uma reforma da Previdência, com inclusão da idade mínima de aposentadoria – apesar de isso também poder gerar uma resposta das ruas e de seu eventual apoio no Congresso para o projeto ser incerto.
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