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No mundo do trabalho também se compartilha

Não te disseram? A revolução já começou! Sim, faz mais ou menos uns 70 anos, quando o primeiro computador foi capaz de decodificar mensagens complexas. Desde então, a noção de que tudo é possível para a tecnologia varreu o mundo, até o surgimento das estruturas em rede. Acessíveis ao grande público, alteraram não só os meios produtivos, mas também o comportamento das pessoas. Consolidou-se a era do compartilhamento.

Aliás, grave essa palavra, COMPARTILHAMENTO, caso ela ainda não esteja no seu vocabulário, pois nela está contido o poder transformador do novo milênio.

Compartilhar é gerar valor na cadeia de relacionamento para todos os envolvidos, tanto no Mundo do Trabalho quanto na vida real.

Essa nova forma de fazer as coisas eleva os ganhos e permite novas perspectivas: produtos em escala com engenharia reversa, design que permita reutilização e readaptação, criação de moedas e economias baseadas em troca ou sistemas de valores próprios de cada região, ou segmento, e uma infinidade de possibilidades. Sai de cena o dono da ideia e entram em cena os donos do resultado. Todo mundo precisa ganhar.

Mas alguém aí pode estar pensando: Como assim todo mundo ganha? Alguém vai pagar essa conta uma hora? De fato, ninguém tem a resposta pronta. O que se assume – quase como um pacto entre pensadores, estudiosos, líderes mundiais e demais interessados –, é que essa é a saída possível para o fim dos Empregos (sim, eles vão acabar, mas isto será o tema de outra coluna), para a crise energética, para o cataclisma ambiental e para as reformas política, econômica, educacional e social. Além disso, aceitar que não havendo receita testada e aprovada, tudo está em construção, o tempo todo. Nossos mundos e nossa vida são uma versão de teste permanente! Aceite, corra para aprender cada vez mais e olhe para dentro de si o máximo que puder. Enquanto faz isso, saia compartilhando suas descobertas; é a única maneira de testar a você mesmo e saber se está no caminho certo.

Onde estaria Leila?

Testar os próprios limites no Mundo do Trabalho é o que fez a carismática Leila Maria quando aceitou seu primeiro Emprego, numa fábrica de colchões localizada na região metropolitana. A estreia no escritório cobrava uma indumentária apropriada e ela buscou um suéter de caxemira amarelo, presente da avó já falecida. Uma camisa branca, com botões minúsculos, em madrepérola, e uma saia reta, cinza escuro, bastante elegante. Os sapatos em couro, da mesma grife que a bolsa, completavam o visual da moça que já chegara aos 30. Ela era do tipo determinada e estudiosa, desde a adolescência, vivendo, muito bem, com um senhor abastado que lhe proveu o alimento, o conforto e o amor. Assim, seus Trabalhos eram voltados à caridade, ao bem-estar social e à produção artística que utilizava apenas para sua livre expressão. Um dia, terminou o desjejum, olhou o marido no fundo dos olhos, despediu-se com um beijo e saiu carregando duas malas e uma pasta. Acreditava que podia ser secretária e logo pode apresentar-se para preencher uma vaga. Sem currículo, cativou os entrevistadores com as histórias de suas vivências e a seguinte frase: “Assim como na vida, no trabalho serei o melhor de mim”. Mesmo nos dias atuais, alguns colegas que juram tê-la conhecido, ainda marejam os olhos ao contar essa história na sala do cafezinho.

De volta ao mundo daqui

Enquanto descia pela calçada, na Av. Benjamin Constant, um carro preto zunia lomba acima. Atrás dele, três viaturas da BM. O fugitivo, eu vi, a certa altura, levou as mãos à cabeça e parecia gritar dentro do carro. O desfecho, a imprensa deve contar, mas quem estava comigo comentou: "esse não conhece Gravataí!" Fiquei sem saber se era devido à confiança na força policial ou no trânsito, que condena, implacável, inocentes e culpados.

 

Leandro Nazari de Melo é jornalista e tenta provocar reflexão sobre quem somos na vida e No Mundo do Trabalho. Espera que embora angustiados, lunáticos ou caretas, sejamos generosos por todo o percurso.

 

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