nas cidades

Água urbana

A maioria da população brasileira atualmente reside em áreas urbanas, urbana por uma definição legal. Com certeza estes ambientes não estavam preparados para receber esta ocupação de espaço. Muitos banhados foram e continuam sendo aterrados para se ocupar cada vez mais, com a justificativa de  que se tenha acesso aos serviços públicos de maneira mais ágil.

Somente nos 8 municípios do Vale do Gravatai, estamos tendo  investimento de 243 milhões de reais  do Governo Federal para se tentar reverter os estragos desta ocupação desqualificada.

Todos os anos centenas de pessoas continuam ficando embaixo dágua, perdendo  todo o seu patrimônio  construído ao longa de uma vida de trabalho. Colocar a culpa nas mudanças climáticas e não assumir que não estamos tendo o devido cuidado com os nossos banhados urbanos em nome de uma especulação financeira deve servir para uma profunda reflexão.

Nossos arroios não deixam de ser arroios por passarem em um área urbana ou rural, para a água esta definição de espaço não existe. O que muda é o valor do metro quadrado pelo seu risco ambiental definido pelo ser humano.

Também na disputa de espaço entre homem e água sem medo de errar,  os mais fragilizados socialmente acabam sendo conduzidos a habitarem estes locais, muitas vezes pelo próprio poder público que deveria zelar pela sua segurança cidadã.

A lei que trata da política de saneamento, 11.445 de 5 de janeiro de 2007, procura organizar este debate, quando inclui a Drenagem Urbana como instrumento de ocupação do território, porém nossos banhados continuam sendo aterrados e a sociedade gastando dinheiro público para corrigir o que não tem correção, pois continuamos aterrando nossas áreas úmida ricas em biodiversidades. SALVEMOS NOSSOS BANHADOS URBANOS.

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