Que sinuca está o casal Alba!
Quinta-feira é o dia que a direção nacional do PSDB define se apoia Simone Tebet (MDB), ou lança candidatura própria à Presidência da República; seja Eduardo Leite, ou não.
Assim como Pernambuco e Mato Grosso, o Rio Grande do Sul está na prateleira da política.
Para os tucanos apoiarem a emedebista que foi estrela na CPI da Covid – e escancarou o grande negócio que o governo Jair Bolsonaro se meteu na compra de vacinas – querem apoio no RS.
E o candidato deve ser Leite, que vai voltar atrás na palavra que deu de ser contra a reeleição, assim como fez na manutenção do tarifaço do ICMS e na consulta popular sobre privatizações como da CEEE, Corsan e Banrisul.
A bola 8 resta no fato de que Patrícia Alba (MDB) é a ‘madrinha’ da candidatura de Tebet, como já reportei em artigo anterior. A deputada estadual de Gravataí, candidata à reeleição em 2022, em encontro nacional das mulheres do partido no ano passado, foi a primeira a lançar a senadora como presidenciável.
Já Marco Alba (MDB), que concorre a deputado federal em 2022, é o ‘anti-Leite’. O ex-prefeito de Gravataí avisou ao partido que o governador renunciante armava um golpe contra o partido, que agora pode se comprovar.
A candidatura do emedebista Gabriel Souza ao Piratini resta refém de Leite. Ser vice já parece lucro.
O cenário só piora para os Alba se Leite for o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto; arrisco dizer que, pelas críticas feitas pelos Alba ao pelotense, seria mais fácil estarem com Bolsonaro ou Lula.
A outra opção, sustentada por Pedro Simon, é a improvável aliança do MDB com Ciro Gomes (PDT) na eleição nacional.
Ao fim, só falta para os Alba ‘sobrar’ o apoio ao cloroquiner Luis Carlos Heinze (PP) ao governo do Estado.
Domingo o prefeito Luiz Zaffalon (MDB) recebeu o senador na Prefeitura de Gravataí, pedindo apoio para habilitação de verbas junto ao governo federal para custear as UPAs superlotadas.
Reputo para políticos popularíssimos, e que tem o que mostrar em entregas para suas comunidades, como Marco Alba, essa polarização ideológica, a disputa entre falsos extremos, o ‘GreNal’, o debate ‘quinta série’, é o pior dos mundos.
‘Pelé da política’, aguardemos os movimentos do, hoje, ‘Grande Eleitor’ de Gravataí. Não vejo alternativa melhor do que focar nos feitos e esquecer ideologias, custe isso o que custar.