CANOAS | Articulação do Avante põe candidato ao Senado na chapa de Vieira da Cunha; o ‘passo à frente’ na eleição

Nado recebe o cumprimento de Vieira da Cunha no ato que marcou a aliança entre PDT e Avante, deu novo protagonismo a este último e ainda ajuda a salvar mandato canoense de vereador. Foto: Divulgação

Partido que teve canoense como presidente estadual até maio escolhe parceria estratégica para eleição estadual e leva indicação ao Senado na chapa

Anderson Dorneles, que foi presidente do Avante gaúcho e encabeça a lista de candidatos do partido para Câmara dos Deputados, fez mais uma: entre a quinta e a sexta-feira, 5, ele e a atual presidente da sigla, Joyce Campos, acertaram parceria com o PDT de Vieira da Cunha e, juntos, vão à eleição de 2 de outubro. E, de quebra, salvou o mandato de um importante aliado local – o que explico mais adiante.

Estrategicamente, a jogada é boa.

Politicamente identificado com o centro, o Avante vinha conversando com o PT de Edegar Pretto, através do presidente do partido, Paulo Pimenta; e com Eduardo Leite, para onde foi outro aliado local importante, o PSD. O risco, tanto de um como de outro lado, era o Avante ‘sumir’ em um campanha que promete disputas densas e polarizadas, nos planos estadual e nacional; e quando é assim, são os menores que pagam o preço pelas caneladas que os grandes dão.

Com o PDT, o Avante assume certo protagonismo – um elemento que faltava nos planos do partido de firmar-se como alternativa no espectro político para além de 2022. Além de um candidato ao Senado – o professor Nado, de São Leopoldo -, vai abrir parcerias para as campanhas proporcionais no interior. Num cenário em que cada voto conta, ampliar é sempre estar mais próximo da eleição do que fora dela.

Embora Nado não seja canoense – como disse, é de São Leopoldo -, ainda vale uma referência, já que para a política os símbolos e os movimentos contam. Professor universitário, ex-vereador e com uma trajetória identificada com o trabalhismo de Brizola (ah: Nado já foi PT), vai dar algo ao Avante que um partido incipiente, que começa agora sua trajetória no RS, precisa: solidez e credibilidade.

Fosse só com chapa para as eleições proporcionais, seria difícil para o Avante posicionar-se sobre o grandes temas do Estado. Com a aliança acertada na sexta, o partido ganha voz no programa eleitoral, nos debates e na campanha de todos que concorrem sob o guarda-chuva da coligação.

Antes de dar este post por finalizado, vale lembrar que a aliança com PDT facilitou o acordo para retirada do processo que pedia o mandato do vereador Márcio Freitas por infidelidade partidária. Ele trocou o partido pelo Avante no apagar das luzes de março já com planos de concorrer a Assembleia Legislativa. Com a desistência formal, não há mais tempo hábil para que o primeiro suplemente, Juliano Furquim, entrar com ação semelhante – e Márcio garante o mandato, caso não se eleja deputado, até o final de 2024.

Deve mais essa a Anderson Dorneles – o cara que convenceu o presidenciável André Janones a desistir para apoiar o Lula não ia se assustar com essa.

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