O presidente do Brasil é um idiota. Conforme o Aurélio, “diz-se de ou pessoa que carece de inteligência, de discernimento; tolo, ignorante, estúpido”.
Assista o que, entre um rosário de mentiras, disse Jair Bolsonaro no podcast Flow.
Abaixo, sigo.
Bolsonaro comprova mais uma vez seu negacionismo e preconceito. No momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz um alerta global sobre a monkeypox, o presidente se antecipa já fazendo campanha negativa sobre a vacina.
Assim como fez na pandemia da covid-19; e, no podcast, continua insistindo, ao reafirmar que não foi vacinado, apesar do sigilo de 100 anos sobre seu cartão de imunização.
As palavras tem força, matam; tanto quanto a inação.
É necessário lembrar que, de acordo com Pedro Hallal, epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas, quatro em cada cinco mortes pela doença no país eram evitáveis caso o governo federal tivesse adotado outra postura.
Coisas básicas e óbvias como apoiar o uso de máscaras, medidas de distanciamento social, campanhas de orientação e, ao mesmo tempo, acelerar a compra de vacinas.
Ou seja, de acordo com as estimativas do cientista, pelo menos 400 mil pessoas não teriam morrido pela pandemia.
O tempo do Grande Tribunal das Redes Sociais esquece, entre o escândalo ou a fake news do dia. Mas quem tinha um familiar, um amigo, entre as 681.365 vidas perdidas, não deveria.
Bolsonaro não é um idiota puro, bondoso, de sinceridade ingênua, como o Príncipe Míchkin, de O Idiota, clássico de Dostoiévski. Ou um Dom Quixote, de Cervantes.
Ele é cruel.
Cruel ao tratar a covid como “gripezinha”. Insensível ao, enquanto pessoas morriam por falta oxigênio, por duas vezes imitar gente com falta de ar, em suas lives que parecem um ‘salve’ de facção criminosa. Debochado quando oferecer cloroquina às emas, ao invés de correr atrás da vacina e não permitir que seus próximos negociassem a propina da Covaxim.
Cruel, também, ao, com uma postura de ‘tiozão do churrasco’, longe da altura que merece o cargo, fazer no vídeo uma ‘brincadeira’ homofóbica, associando a monkeypox ao homossexualismo; e ainda pergunta ao entrevistador se ele “entendeu” a insinuação.
– Tu não me engana – gargalhou o napoleão de hospício.
Ao fim, não faltarão bolsonaristas, assumidos ou envergonhados, a cobrar nas redes sociais ‘isenção’ do jornalista. Não terão aqui cumplicidade com a morte, a violência, a intolerância, o preconceito ou a exploração dos miseráveis para ganhar uma eleição.
“A liberdade, Sancho, não é um pedaço de pão”.
Ou um clique.