David Almansa é o candidato do PT à Prefeitura na nova eleição de Cachoeirinha, que acontece em 30 de outubro. E o vereador mais votado na eleição de 2020, além de antecipar a articulação pela ampliação da coligação, já antecipa de onde virão R$ 80 milhões para “fazer uma revolução na educação”.
O nome de Almansa foi aprovado por 12 votos a 9, mantendo uma escrita do partido em Cachoeirinha que, desde o primeiro governo petista, de José Stédile, não apresenta uma candidatura de consenso.
O diretório também aprovou, por 19 votos a 2, que, para além dos atuais aliados, PCdoB, PV, REDE e PSOL, o PT vai conversar com o Solidariedade e o PDT para definir o vice, que virá de fora do partido.
Os nomes hoje colocados para vice são Ester Ramos (PSOL) e Edson Vargas (REDE). Mas há especulações sobre Aline e Bibi Mello, filhas do vereador Deoclécio Melo (SD). Também já houve conversas com os vereadores pedetista Paulinho da Farmácia e Fernando Medeiros, para “analisar o cenário”.
– Somos a única candidatura capaz de romper o ciclo político que destruiu Cachoeirinha, não só nos últimos 20 anos. Há 40 anos as mesmas famílias mandam na cidade. O resultado está aí – diz Almansa, que aposta no ‘alinhamento das estrelas’ na Presidência da República, Governo do Estado e Senado.
– Precisamos eleger Lula, Olívio e Edegar Pretto. Estamos enfrentamento a continuidade do governo Miki, agora aliados do bolsonarismo – diz, referindo-se à chapa do prefeito Cristian Wasem (MDB) e o Delegado João Paulo (PP).
Para além do discurso, Almansa aponta de onde pretende tirar dinheiro para agir, caso eleito, no primeiro dia que assumir a Prefeitura.
– Por incompetência, há R$ 80 milhões parados na Educação, enquanto faltam professores e as escolas estão caindo aos pedaços. Vamos reformar todas as escolas, ouvindo as direções. Hoje a Prefeitura não investe os 25% constitucionais na educação. O reflexo vemos nos péssimos índices do Ideb – diz, revelando R$ 29 milhões sem uso do Fundeb e outros R$ 49 milhões do MDE, rubricas de uso exclusivo na educação.
– O governo também mente quando diz que o comprometimento da folha não permite contratar professores e médicos. A Lei de Responsabilidade Fiscal permite. Vamos contratar.
Em O Roque Lopes já disse que o Almansa seria prefeito de Cachoeirinha; Eu não duvido, escrevi:
Debocharam do Roque Lopes, dono de O Repórter, quando, há alguns meses, mas ainda neste ano, postou em seu perfil no Facebook que David Almansa (PT) seria prefeito de Cachoeirinha.
“(…)
Não disse quando. E nem perguntei se era uma leitura baseada em fatos, uma profecia ou apenas provocação aos garotos de programa e milícias digitais que operam no Grande Tribunal das Redes Sociais.
Mas o jornalista pode ter sido pitoniso, antes mesmo da decisão do TRE por uma nova eleição, marcada para 30 de outubro depois da cassação do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB).
Não que Almansa, apesar de vereador mais votado de Cachoeirinha, seja favorito para vencer a eleição suplementar. Pelo contrário: Dr. Rubinho (União Brasil) perdeu a eleição de 2020 por, no tira de um para outro, apenas 150 votos; e o prefeito interino Cristian Wasem (MDB) tem a BIC das obras e cargos na mão.
Aposto, porém, o petista estará no jogo, a partir de 28 de agosto, quando, conforme o calendário eleitoral definido pelo TRE, que o Seguinte: reportou em Campanha eleitoral para nova eleição de Cachoeirinha começa 9 de setembro; Resolução do TRE proíbe inscrição de um potencial candidato, qualquer pesquisa eleitoral precisa ser registrada.
Printe & Arquive na nuvem: se alguém publicar, pela experiência de 25 anos de política, aposto no empate técnico.
Em vídeo publicado em seu perfil, de pronunciamento na tribuna da Câmara na última sessão, Almansa já buscou delimitar o quadrado de cada um: ele é o candidato do Lula, os outros, do Bolsonaro; o que é uma verdade que nem Rubinho, nem Cristian contestam.
– Vamos medir a prática histórica e as propostas de cada um para o povo – é o resumo da fala do prefeiturável, que coloca os outros na gôndola da “velha política tradicional”.
Não esqueçam que a eleição acontece no dia do, considero, inevitável segundo turno para a eleição presidencial.
E Almansa pode se apresentar como “o prefeito do Lula”.
Reputo, mesmo sem ver pesquisas, que podem ser literalmente ‘encomendadas’ neste momento o qual não é necessário registro junto à justiça eleitoral, que a eleição começa num zero a zero em Cachoeirinha.
‘Empate’ este que se dá até na opção religiosa: os três, Almansa, Cristian e Rubinho são evangélicos.
“(…)
Ao fim, sigo com a mesma análise; O ‘Almansa do Lula’ está no páreo.
Também curti que Almansa também trouxe o debate para a vida real, ao apontar de onde vai tirar dinheiro para agir já na largada do governo e não fica apenas dando a desculpa da ‘herança maldita’.
Que assim sejam todos na campanha.