Na eleição suplementar de Cachoeirinha é “Todo Mundo Odeia o Miki”, para lembrar aquela série que é difícil alguém não ter assistido, “Todo Mundo Odeia o Chris (Everybody Hates Chris)”.
Mas, fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos, o prefeito cassado é quem vai garantir equilíbrio fiscal para quem ganhar a eleição suplementar, Cristian, Rubinho ou Almansa, conseguirem governar.
Não vou tratar neste artigo sobre quem é mais, ou menos ‘contagiado’ pela relação com os governos de Miki Breier, ou de seus antecessores José Stédile e Vicente Pires; e, sabemos, nenhum quer.
Só resgato o ‘cadáver político’ Miki de seu silêncio porque li reportagem do jornalista Roque Lopes, em seu O Repórter, sobre o prefeito interino Cristian Wasem ter anunciado o equilíbrio fiscal na Prefeitura de Cachoeirinha; em vídeo de campanha eleitoral, inclusive.
Dos Grandes Lances dos Piores Momentos é que Cristian deve essa boa herança ao ‘padre’ excomungado pelo Grande Tribunal das Redes Sociais, apesar de ter votado contra o ‘pacotão do Miki’, lá em 2017.
É a mesma crítica feita por Rubinho ou Almansa, que usam como material de campanha os ‘cortes’ que o então prefeito cometeu no contracheque do funcionalismo ao receber uma Prefeitura com 80% da receita comprometida com a folha de pagamento.
Mas, vamos lá. Se vocês, candidatos, não tem coragem de contar aos eleitores, por dever de ofício reporto: Miki fez o que deveria ter feito. Ou fez o que obrigatoriamente deveria ser feito.
Impopular, mas necessário.
Tentou ser o que a ‘direita’ gosta de chamar ‘gestor’, mas foi expurgado. Inclusive pela ‘esquerda’ ao qual era identificado.
Inegável é que justamente por Miki ter sido o ‘vilão’ do funcionalismo o próximo prefeito poderá pegar financiamentos para obras, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal está sendo cumprida, e só assim uma Prefeitura pode pegar empréstimos.
Ao fim, desculpem-me aqueles que não querem ouvir isso no mês da eleição, quando tudo é esperança e todo “não” é “sim”.
Mas Miki, quando fez o pior – e reputo o pior porque precisou cortar no salário de funcionários que ganham pouco – era o necessário. Governar é isso.
O ‘padre’ pode ter errado em qualquer outra coisa, e você pode acreditar que ele seja um corrupto como por mais de um ano o Ministério Público tenta provar, mas no cuidado com as contas de Cachoeirinha, Miki foi bem.