Saul Teixeira

Entre mérito e obrigação, Brasil despacha zebra asiática

Pelos prognósticos, as oitavas-de-final seriam contra Uruguai ou Portugal. Como a fase de grupos quebrou todas as bancas de apostas, eis que surge a Coréia do Sul. Pobres Son & Cia.

Estamos nas quartas! Bela atuação. Embora protocolar, tivemos jornada com algumas evoluções na comparação com os jogos anteriores — como no setor direito com Paquetá e Raphinha ampliando o nosso repertório ofensivo.

Entretanto, muita calma nesta hora. Impossível não citarmos a fragilidade técnica e a ingenuidade de marcação dos asiáticos. O pouco tempo de recuperação física após a “decisão” contra Portugal (na sexta-feira última) tornaram a tendência uma dolorosa realidade para os comandados de Paulo Bento.

Pelo lado verde e amarelo, méritos por “despachar” o frágil adversário em apenas 45 minutos. A Argentina, por exemplo, precisou de falha do goleiro rival e de milagre de seu arqueiro no último lance da partida. Adversário? Austrália!

Voltando a única Pentacampeã do Planeta Bola, a morosidade do segundo tempo foi quase irritante, embora compreensível. Tite poderia ter evitado se tivesse realizado alterações mais cedo, inclusive no intervalo e, principalmente, no ataque.

O retorno dos lesionados Danilo e Neymar foram outro ponto alto da noite no Oriente Médio. O camisa 2 atuou como camisa 6. Com Militão no lado oposto, laterais sempre presos para compensar a ofensividade. Embora discreto, nosso camisa 10 fez história: igualou Pelé e Ronaldo — somente o trio marcou gols em 3 Copas do Mundo distintas entre os brasileiros.

Contra a Croácia, muito cuidado! O meio é composto por Brozovic, Kovacic e Modric. Principalmente os 2 últimos não podem jogar soltos! Repito pitaco anterior: é preciso maior poder de marcação à frente da área. Com isso, Paquetá ou Raphinha perderiam a titularidade. Futebol requer equilíbrio!

Tomara que a Croácia não estrague o nosso sextou! Se der a lógica, passamos e já vislumbramos Argentina ou Holanda. O problema é que lógica e futebol quase nunca são faces da mesma moeda. Ainda mais na Copa das zebras…

Cabe ao Brasil ser a exceção que confirma a regra. Que os deuses da bola voltem a vestir verde e amarelo…

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