Uma doença que vem crescendo ano a ano no Rio Grande Sul coloca a comunidade médica em alerta. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2022 foram 307 notificações de dengue em Gravataí, ou seja, praticamente uma notificação por dia no município. Em 2021, foram apenas dez notificações e em 2020, quatorze. Mas, porque esse número está crescendo e quais são os verdadeiros perigos da doença?
De acordo com Régis Renosto, médico do Hospital Dom João Becker, o crescimento exponencial dos casos de dengue é reflexo dos novos tempos.
– As mudanças climáticas, com temperaturas mais elevadas, propiciam a proliferação do Aedes Aegypti na Região Sul do Brasil. Aliado a isso, temos problemas de saneamento nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos, o que também favorece a presença do mosquito – afirma Renosto.
Água parada e mal armazenada são os principais criadouros de insetos, colocando em risco à população.
Segundo o médico do HDJB, existem quatro sorotipos de vírus da dengue, o que amplia a possibilidade de novos casos na mesma pessoa.
– O contato com o vírus fornece imunidade para aquele sorotipo específico. Portanto, é possível ser contaminado e, num segundo momento, apresentar a doença pelo contato com outro sorotipo – comenta Renosto.
O tratamento da dengue se dá com repouso, hidratação e controle dos sintomas com orientação médica. A única forma de contrair o vírus é por meio da picada do mosquito. A Dengue não é contagiosa.
SAIBA MAIS SOBRE A DENGUE
: Febre, dores nas articulações, dores atrás dos olhos, dor de cabeça, vômitos, diarreia e cansaço são sintomas da dengue que merecem avaliação médica.
: Ao surgirem sinais de pequenos sangramentos, falta de ar, fortes dores abdominais e ao evacuar deve-se procurar um pronto-atendimento o mais breve possível.
: A Dengue é uma doença que pode evoluir para sua forma mais grave, a hemorrágica, e colocar em risco a vida do paciente.
: Além do controle da agua parada nas residências, indústrias e empresas em geral, o uso de repelente é outro aliado.