É notório que o vice-prefeito Dr. Levi (sem partido) sonha ser candidato à Prefeitura de Gravataí em 2024; já tratei disso em artigos como As ‘chaves da cidade’ nas mãos de Zaffa e Marco Alba em Gravataí; A sucessão e Sucessão em Gravataí: problema não é entre Zaffa e Marco Alba por candidatura a prefeito. Pode ser Dr. Levi; O biquíni da eleição.
Reputo o caminho da ‘queimação’ é o anúncio feito hoje em seu blog pelo comunicador aldeano Chico Pereira, no post “Levi já tem partido para concorrer a prefeito de Gravataí”.
O colunista reporta reunião, nesta manhã, em Porto Alegre, na qual o vice-prefeito “recebeu convite formal” de Bibo Nunes “para se filiar e concorrer a prefeito pelo PL em Gravataí”.
– Dr. Levi é um quadro político da mais alta qualidade, que qualquer partido gostaria de apresentar em uma eleição e o PL ficará totalmente à disposição dele para que concorra ao cargo que desejar em Gravataí – disse o deputado federal mais votado do partido nas eleições de 2022 em Gravataí que, conforme o Chico, avançou em conversa iniciada em Brasília, em viagem oficial do vice-prefeito que o Seguinte: reportou em Prefeito em exercício em Brasília: Dr. Levi busca recursos com governo Lula para banco de sangue de Gravataí e postos de saúde abertos 12h e emendas com Mourão e parlamentares bolsonaristas.
Começo minha análise pelo principal: o PL até pode filiar, mas não vai garantir a Levi uma candidatura para além de vice, ou vereador.
Desmintam-me, mas Onyx Lorenzoni deu a palavra de que o partido não teria candidato em Gravataí em 2024 a Marco Alba (MDB), para ter o apoio do ex-prefeito e ‘Grande Eleitor’, do prefeito Luiz Zaffalon (MDB) e da deputada estadual Patrícia Alba (MDB) no segundo turno da eleição ao Governo do Estado; e, em consequência, a Jair Bolsonaro (PL) para a Presidência da República.
Considero o caminho da ‘queimação’ porque Bibo é Bibo; e acho que não preciso explicar mais sobre isso. É tragicômico associar-se a ele para querer governar a quarta economia gaúcha.
Para rir ou chorar, é não mais que um segundo escalão do bolsonarismo-raiz, e de mandioca (se informe quem não é do interior e não sabe do que estou vegetalmente falando sobre a radícula), que se traveste em conjuntinho verde amarelo para cometer diatribes no plenário da Câmara Federal, onde resta como suplente após ter perdido eleição.
É ‘queimação’ porque Alcíbio é o político que, em vídeo, ao atacar “inúteis” e “bundinhas” alunos da universidade de Santa Maria, às vésperas dos 10 anos da tragédia da boate Kiss, vergonhosamente citou o filme Tropa de Elite: “Pegaram aqueles coitadinhos, aqueles riquinhos… queimaram vivos dentro de pneus. É isso que esses estudantes alienados, filhos de papai que tem grana, merecem”.
Por mais que tenham se associado à aceitação do tratamento precoce com cloroquina para a covid-19, Levi é muito maior que Bibo e seu extremismo.
Antes que a fofoca amanheça no meio político da aldeia, pelo que apurei não há nenhuma articulação envolvendo Zaffa, que se anuncia como candidato à reeleição, nesse desastroso ‘lançamento’ de Levi, que já disse para bastante gente que não aceita ser vice de Marco Alba em 2024, caso o ex-prefeito seja o candidato do governo.
Fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos, e é uma patologia política crônica que acompanha o médico: Levi precisa urgentemente de um conselheiro, para não ‘queimar’ o patrimônio político que já tinha e o que ganhou com a popularidade do governo Zaffa.
Para piorar, arrastou para a ‘queimação’ até o competente secretário da Saúde, Régis Fonseca, que também aparece na foto publicada por Chico Pereira.
Ao fim, parece-me incontestável: ser lançado candidato a prefeito por Bibo Nunes queima Levi. A não ser que baste ser o candidato do pior do bolsonarismo, atrapalhando mais uma reeleição do projeto político que governa Gravataí desde 2011.
Os “bundinhas” da esquerda curtiram, por obvio.
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