Presidente da Comissão Processante conta como será o trabalho de investigação sobre a denúncia de negligência que pesa sobre o vice, Nedy de Vargas Marques
Em princípio, é a assessoria da Comissão Processante quem irá às 11h desta sexta-feira, 5, ao gabinte do vice-prefeito Nedy de Vargas Marques notificá-lo de que a Câmara de Canoas abriu o processo de impeachment contra ele. Márcio Freitas (Avante), presidente da Comissão, estará reunido desde às 10h com Jozir Patteta (PSD) e Eracildo Link (MDB) para anteciparem os preparativos das oitivas e os próximos passos do processo. “Não recebemos pressão e nem iremos receber. Tudo será feito às claras, com todo o direito à ampla defesa do vice-prefeito”, conta Márcio.
A resposta vem ao questionamento sobre uma eventual ‘ordem’ do paço para limar o vice. “Não teve e nem terá nada disso”, garante Márcio. “Vamos fazer o nosso trabalho na Câmara sem interferências”.
É o ‘avalista’ da isenção, reputo.
Márcio é do mesmo partido de Nedy, o Avante – aliado de primeira hora de Jairo Jorge em 2020 e pelo qual o vereador concorreu a deputado estadual em 2022; mesmo não tendo sido eleito, foi o mais votado na cidade e recebeu da direção nacional a missão de chefiar a sigla em Canoas, recentemente, após o ‘destronamento’ de Nedy. É também nome-chave na base aliada formada em torno da nova gestão Jairo Jorge: deu seu voto favorável tanto à reforma administrativa quanto a abertura do processo de cassação do vice – nem tanto pelo ‘crime’ que lhe é imputado, mas pela necessidade política para fazê-lo agora.
E não dá para esquecer 2024, que é logo ali: Márcio, a figura mais lembrada nas bolsas de apostas para uma composição que dispute a prefeitura no ano que vem.
É uma bagagem e tanto. E por tudo que está em jogo, necessária. “Não escolhi estar aqui. Foi um sorteio. E me tornei presidente pelo voto dos meus colegas de comissão. Minha obrigação é fazer um trabalho imparcial, garantir toda a defesa ao acusado e um bom andamento à denúncia que chegou à Casa”, avalia Márcio.
