34ª FEIRA DO LIVRO

Diversidade e celebração à cultura marcam a volta da 34ª Feira do Livro de Gravataí

Gravataí respira e vive cultura. Esse foi o sentimento de quem prestigiou a abertura da 34ª Feira do Livro de Gravataí, na noite desta quarta-feira, 30. A festa marcou o retorno do evento, após um hiato de três anos. Ao todo, serão cinco dias de feira com mais de 15 bancas de livreiros e editoras, shows, apresentações teatrais, música, oficina e dezenas de outras atividades.

Promovido pela Prefeitura de Gravataí, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer (SMCEL),  com financiamento do Pró-Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a 34ª edição da feira leva o tema “Letras & Artes: Todas as Cores das Palavras”. O evento tem como patrono o rapper e ativista gaúcho Rafa Rafuagi.

Durante a cerimônia, o prefeito Luiz Zaffalon parabenizou toda a equipe envolvida na organização do evento e destacou o brilhantismo do trabalho do setor cultural para o acontecimento da celebração.

– O que é a feira do livro? É o cheiro do livro. É folhear as páginas e sentir aquele perfume. A leitura transforma a vida da gente e é desta feira que Gravataí precisava neste momento. Portanto, aproveitem o evento, encham esses corredores, prestigiem este retorno – disse o prefeito.

Rafa Rafuagi, patrono da Feira,  lembrou que a cultura transforma realidades e que ela precisa ser enxergada como carro chefe de um governo. Durante a sua fala, agradeceu o convite para representar o evento.

– Essa feira tem a responsabilidade de ser inclusiva, democrática e diversa. O município de Gravataí ousou em trazer um jovem da periferia e trabalhador da cultura para ser patrono e eu fico feliz demais por estar vivenciando esse momento – disse.

Para o secretário da SMCEL Leandro Ferreira é um conjunto de ações que possibilitou o retorno da Feira do Livro de Gravataí. O trabalho ao lado de artistas e a valorização da cultura por parte do governo municipal tornou possível esse acontecimento.

– Depois de três anos, estamos aqui celebrando este retorno. A cultura vive um momento ímpar, em Gravataí. Um momento que jamais existiu. Estamos trabalhando por meio do diálogo e fazendo acontecer, colocando a cultura em primeiro lugar – afirmou.

Leandro também ressaltou a importância de uma equipe preparada e competente, que anda junto e tem vontade de fazer o setor cultural crescer.

A presidente do Conselho Municipal de Política Cultural Silvia Maciel agradeceu o momento que a cultura de Gravataí vive e também declarou o orgulho de estar presente em uma edição tão representativa da feira.

– O Rafa Rafuagi está representando os meus, os dele e a outros tantos que tentaram ter essa visibilidade. Hoje temos essa representatividade aqui, em carne e osso, um patrono negro. E como tudo que acontece em Gravataí vira exemplo, inclusive para fora do Brasil, que sirvamos mais uma vez com este exemplo, desta vez com representatividade – alegrou-se Silvia, ao saudar o patrono da Feira.

O diretor do Departamento de Livro, Leitura e Literatura da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul Benhur Bortolotto parabenizou a cidade pelo evento e lembrou a importância de contar com o apoio da comunidade para a promoção dos eventos.

– É uma alegria participar de um evento que traz jovens para encontrar não só o livro, mas encontrar cinema e outras culturas e também para ouvir um patrono que diz que o livro faz parte da formação intelectual e cidadã – afirmou.


Homenagens e representatividade


Durante a cerimônia de abertura, Denise Lopes Pacheco, a Denise Medonha, o ator gaúcho que dá nome ao teatro da Feira, Sirmar Antunes e o regente da Banda Municipal Ivam Silveira de Souza foram homenageados com uma salva de palmas de um minuto.

O momento foi acompanhado pela entrega de flores para os familiares dos três artistas, como mais uma forma de agradecer o legado deixado por Denise, Sirmar e Ivan na cultura não só de Gravataí, mas de todo o país.

Além desta lembrança, o tradicional tocar da sineta, que oficializa a abertura da feira, deu espaço a um chocalho indígena. De acordo com o patrono, a homenagem se dá no ano em que as leis que instituem o estudo da história afro e indígena no currículo escolar completam 20 e 15 anos respectivamente. 

– Abrimos a 34ª edição da Feira do Livro com esta representatividade sobre os povos originários que deram vida a esse local que hoje a gente, com muita responsabilidade, segue gerindo e tocando em frente – finalizou Rafa.


De volta à Feira


Para os mais de 15 livreiros, editoras e espaços de alimentação, o sentimento é de alegria e esperança. A retomada da feira, além de promover a cultura no município, também é uma fonte de renda. Durante os cinco dias de evento são esperadas mais de 15 mil pessoas, promovendo um saldo positivo de vendas.

Para o livreiro Zigomar Feijó, da Ler e Saber Cia. Do Livro, todos sentiam falta dos livros e o retorno da feira é uma ótima oportunidade para promover este reencontro. Em relação ao comércio ele é otimista.

– O primeiro dia de vendas já foi bom e a nossa expectativa é que elas sigam aumentando até o domingo – conta.


Presenças


Estavam presentes na cerimônia de abertura o vice-prefeito Dr. Levi Melo, o vice-presidente da Câmara de Vereadores Demétrio Tafras, o vereador Fábio Ávila, a diretora do escritório do Ministério da Cultura no Rio Grande do Sul Mari Martinez e a presidente da Comissão de Educação e Cultura, do Livro e da Leitura, a deputada Sofia Cavedon. 

Participaram também o representante do ColetiveArts Alex Cuenca, do Clube Literário Claudio Wuerltzer, da Câmara Riograndense do Livro Sônia Zancheta, do Conselho Estadual de Cultura Álvaro Santi, do Cestto Atacadista Rafaela Mendes e das Farmácias São João Erika e Suelen.

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