Grande atuação do Inter no Maior do Mundo. Com um jogador a mais durante todo o segundo tempo, porém, o resultado poderia ser melhor que o 2 a 2. Num jogo tão parelho, não deveria ter desperdiçado a superioridade numérica. Dentro de campo, duelo previsível. O Fluminense joga, mas também deixa jogar.
Mais equilibrado, o Inter não sentiu a “pressão” inicial, marcou à frente, “trocava golpes” e por vezes ditava o ritmo do jogo. Até a falha de Renê que culminou no primeiro gol de Cano.
Aliás, pior partida do camisa 6 vestindo vermelho e branco. Também por isso, o Fluzão inverteu o “eixo” de jogo. Passou a explorar o lado direito de ataque, principalmente no 2º tempo.
Diversas vezes o tricolor errou na saída de jogo, mas os gaúchos não aproveitaram. Mesmo assim, a atuação “vermelha” seguia consagrando o Futebol Além do Resultado em busca do resultado. Se no 11×11 a atuação do Inter já era consistente, com um atleta a mais o “Maraca virou Beira-Rio”. Gol anulado de Mercado e golaço regular do 10 e faixa.
Vieram as substituições…
Alan Patrick, desgastado fisicamente, não conseguia aproveitar os espaços entrelinhas. Maurício, sem a companhia de Bustos pelo flanco, foi figura decorativa enquanto esteve em campo — exceto pela participação no gol do 1 a 1. Bruno Henrique na vaga de Aránguiz é a troca que ocorre “desde que o mundo é mundo”.
Àquela altura do jogo, o Inter pedia “sangue novo”. Era necessário, sim, oxigenar as ações…
Não vejo erro em Coudet ter mexido, pelo contrário. O problema foram os atletas que entraram. Desconectados e muito abaixo das exigências de uma semifinal de “Liberta”. Dalbert no meio e Lucca no ataque nada acrescentaram. Serve de “escola” para o jogo da volta. É inegável a carência de opções no banco de reservas para as funções ofensivas.
Bustos como extrema-direita provavelmente daria melhor resposta pelo ritmo de jogo que possui, mantendo Wanderson à esquerda. Mas também entendo a escolha tática do treinador buscando dobra de marcação em John Arias com Dalbert e Renê. O que estava ruim, entretanto, piorou. O time ficou sem desafogo pela canhota e seguia marcando bisonhamente.
Novamente pelo lado esquerdo de defesa surgiu o escanteio. Gol de empate escancarando a maior mazela da temporada: a bola parada. Inadmissível deixar o zagueiro Nino livre. Rei dos pequenos espaços, Cano não desperdiçou na sequência. É fundamental que Coudet intensifique os treinos de bola aérea defensiva. Mais uma lição do “Maraca”.
Embora frustrante, o empate não deixa de ser “pedagógico”. Uma hipotética vitória na primeira partida poderia criar uma espécie de “euforia”, “oba-oba”, “já ganhou” pela partida derradeira ser no Beira-Rio. Essa hipotética atmosfera, poderia de alguma forma se transformar em “desconcentração” dentro do vestiário.
No Brasileirão, sábado, é prudente “dar folga” a todos os titulares. O pulso ainda pulsa. O sonho segue vivo. A esperança se renova na Copa Libertadores da América. É preciso exorcizar mais fantasmas, desta vez, fazendo valer o fator local.
Sorte e sucesso à nação colorada!!!
Serão 12 anos em 90 minutos…