Foi uma tarde-noite pavorosa. Do início ao fim. A começar pelo uniforme que, em nada, nos remete ao Internacional. Mas diante dos inúmeros assuntos, deixemos o debate estético de lado.
Eduardo Coudet é um bom treinador. Com todos à disposição, prima pela intensidade, pela troca de passes, pelo volume ofensivo. Todavia, tem demonstrado enorme dificuldade em leitura de jogo, notadamente durante as partidas.
Foi assim contra o Fluminense, quando Fernando Diniz adotou a tática “tudo ou nada”. Encheu o time de meias e atacantes e o argentino não respondeu à altura taticamente.
A mesma “miopia” voltou a atacar após a expulsão de Vitão no início da partida contra o Coritiba. Só realizou a óbvia entrada de Igor Gomes após sofrer o primeiro gol.
Antes, cometeu erro triplo. Improvisou Johnny na função de zagueiro, deixou o meio vulnerável e obrigou Alan Patrick a recuar, afastando-se de seu habitat natural: a zona central do gramado.
Quem deveria sair?
Nós teríamos retirado Dalbert e recuado De Pena para a lateral. Por mais que o uruguaio não seja nem sombra do atleta da última temporada, com um a menos é fundamental a presença de jogadores capazes de desempenhar mais de uma função.
Depois, tudo piorou minuto após minuto. Com um a menos, a equipe ainda cometeu 2 pênaltis infantis. Não tem superação, raça e “sangue no olho” que amenize tantos erros individuais. Inclusive daquele que é uma das referências, Sérgio Rochet. Se o goleiro segue combalido pela lesão, que deixe os titulares e foque na recuperação clínica.
Outras duas mazelas do time se escancaram jogo após jogo e independem da qualidade do adversário. Mesmo nos confrontos 11 x 11.
A primeira, pública e notória, é a bola alta defensiva — uma observação que fazemos pitaco sim e noutro também. Sejam em escanteios, faltas laterais ou com cruzamentos com a “gorducha rolando”.
Lembram do empate sofrido no Maracanã contra o Flu quando o colorado já tinha um jogador a mais??? Pois então, novamente uma chaga que deve ser debitada diretamente na “conta” da Comissão Técnica. Será que internamente ninguém está vendo???
O outro problema é o “grupo curto”. Basta que algum titular esteja indisponível para que a qualidade desabe vertiginosamente.
Dalbert e, depois, o “improvisado” João Dalla Corte foram os camisas 6 do jogo e cometeram os 2 já citados pênaltis absurdamente infantis. Que falta fez Renê. Embora a regularidade absurda, o camisa 6, aliás, foi dos vilões da eliminação contra o Fluzão.
Sem Wanderson, a reposição natural seria a entrada de Pedro Henrique, né? Não para Coudet. Carlos De Pena foi o escolhido entre os 11.
Por mais que o time no papel não tivesse velocidade, porém, a partida mudou completamente aos 6 minutos com a expulsão. O que garante algum “álibi” para o treinador.
Pois então…
A busca por uma vaga na Copa Sul-americana é a realidade do momento. Qual o próximo adversário??? O “temível” lanterna América-MG. Temível pelo incômodo histórico do Inter, claro! Eita Golias que treme frente ao Davi. Do 7 a 1 à derrota para o vice-lanterna em casa 7 dias depois.
A montanha russa tem vestido vermelho, branco e cinza…