Secretário assumiu nesta quinta e confirmou que a gestão dos hospitais volta a fazer parte dos atributos da Saúde
Jurandir Maciel voltou à Saúde.
Em cerimônia prestigiada pelo prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques, o ex-vice que passou 10 anos no comando da pasta entre Canoas e Cachoeirinha, passou por três prefeitos e fez carreira política como vereador e deputado estadual apostando no tema, finalmente assumiu seu posto. Finalmente, reputo, pelo inédito da situação que o antecedeu: o último secretário titular da Saúde em Canoas pediu demissão há 41 dias e, neste tempo, tudo ficou na mão de interinos.
Jurandir chega para dar fim às instabilidades por lá.
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A primeira missão do novo secretário será a de acumular a gestão hospitalar com a Saúde. Jurandir contou ao blog que já pactuou com o prefeito em exercício a extinção da pasta criada por Jairo Jorge e que cuidava da média e alta complexidade e das portas de entrada da urgência e emergência. “Não faz sentido não ser tudo da Saúde. É uma coisa só, não dá para um cuidar de metade e outro cuidar de outra parte”, resume.
A decisão do governo de unir Gestão Hospitalar e Saúde sobre o mesmo guarda-chuva dá uma pista sobre o primeiro desafio de Jurandir: garantir os recursos que a Saúde precisa para manter os três hospitais da cidade funcionando. A novela sobre o corte de recursos estaduais do Programa Assistir ainda não está resolvida, a conta do Hospital Universitário – que tem licitação para gestão em andamento – só cresce e o Pronto Socorro, inaugurado justamente por Jurandir, custa mais do que o município pode bancar e, por isso, não pode cogitar qualquer corte de recursos do Estado.
Ainda na conversa que teve com o blog, à tarde, Jurandir preferiu cautela sobre o planos mais imediatos à frente da pasta. Está disposto a fazer um diagnóstico da situação e, em um mês, discutir as possíveis soluções com o prefeito. “Precisamos definir o fluxograma, o organograma e um cronograma aqui da Saúde. Melhorar os processos é fundamental”, adverte.
Com isso em dia, Jurandir considera possível atacar o que é, de fato, o nó da Saúde: as 59 mil consultas atrasadas levantadas pelo Canoas+Saúde até o final de novembro, as 10 mil pessoas que esperam por cirurgia e a inconcebível fila de 97 mil pessoas que aguardam um exame pelo SUS. “O nosso caos é essa situação intermediária. A atenção básica funciona, mas quando o médico precisa que de um exame ou encaminha para um especialista, o cidadão amarga essa espera toda”, conta.
Não é pouca coisa.