RAFAEL MARTINELLI

Pesquisa mostra o perigoso delírio coletivo do bolsonarismo na Av. Paulista: quase metade apoia golpe, 88% acham que Bolsonaro ganhou eleição e 94% diz que Brasil vive ditadura

Aos que acharam que, em O discurso ‘tchutchuca’ de Bolsonaro na Paulista tem seu representante em Gravataí; O dilema do futuro detento e do policial federal vereador, exagerei ao chamar de golpista e apontar desvios morais e cognitivos de manifestantes do bolsonarismo na Paulista, compartilho dados de pesquisa realizada pela USP entre participantes do ato no último domingo (25), compilados pelo ICL Notícias e O Cafezinho, que mostram “um eleitor bastante radicalizado, antidemocrático e identificado com a extrema direita”.

Sigamos no texto.

“Para mais de 40% dos manifestantes, por exemplo, Bolsonaro deveria ter decretado uma espécie de golpe, seja decretando uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou invocando o artigo 142, que eles acreditam equivocadamente dar às Forças Armadas um poder moderador.

Ou seja, são golpistas.

O mais preocupante, porém, é o grau de cognição e senso democrático dos manifestantes. Ainda segundo a pesquisa, 88% acham que Bolsonaro venceu as eleições em 2022, revelando o estrago terrível provocado pelas campanhas de desinformação patrocinadas pelo ex-presidente Bolsonaro e seu núcleo de golpistas.

Para 94%, o Brasil vive uma “ditadura”, mais um sinal preocupante do déficit cognitivo em que vivem os manifestantes.

A identificação ideológica, por outro lado, não deixa dúvidas. Foi um grande encontro de radicais de extrema-direita, visto que 92% dos participantes se identificam como direita, e 78% como “muito conservador”.

A pesquisa da USP, no entanto, também oferece um certo alívio aos democratas, pois ela mostra que o encontro, apesar de grande, representou apenas um grupo muito específico e minoritário da sociedade: pessoas mais velhas, brancas, de classe média alta, e extremamente radicalizadas politicamente.

Além disso, os problemas de cognição evidentes dos manifestantes, ao mesmo tempo em que os torna muito vulneráveis a campanhas de manipulação e fake news, revela a sua baixa capacidade de furar a bolha e convencer outras pessoas sobre suas ideias”.

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