Luiz Zaffalon (PSDB) prestou contas na Câmara de Gravataí, na tarde desta quarta-feira.
Em artigos seguintes detalho alguns temas expostos pelo prefeito e questionamentos feitos a eles pelos parlamentares – como finanças e endividamento, o contrato com a Santa Casa, a compra da Ulbra, o déficit da previdência, Plano Diretor e o atraso do complexo de educação especial Irmã Soledade – em uma audiência pública que transcorreu com a civilidade que a política de Gravataí merece.
Neste texto, analiso com a pressa do ano eleitoral: o que Zaffa apresentou institucionalmente mostra qual sua principal força na campanha pela reeleição.
Inegável é que faz um governo de realizações.
São R$ 240 milhões em investimentos em infraestrutura, maior volume de recursos da história de Gravataí.
Obras, como sempre diz, com início, meio e fim.
Inquestionável me parece que, para quem testemunha a política da aldeia, não fosse a III Guerra Política de Gravataí, deflagrada a partir do rompimento com o ex-prefeito Marco Alba (MDB), a parceria entre os dois guardaria amplo favoritismo na eleição de 2024.
Seria, possivelmente, uma reeleição fácil para Zaffa, não tivesse como adversários seu ‘Grande Eleitor’ em 2020, Marco Alba (MDB), e o ex-prefeito Daniel Bordignon (PT), que venceu a última eleição que disputou, em 2016, e só não foi o prefeito devido à suspensão de seus direitos políticos, além do já experimentado Dimas Costa (PSD) e a incógnita Thiago De Leon (PDT).
As avaliações do governo são sempre positivas nas pesquisas internas encomendadas pela Prefeitura.
Ao fim, se Zaffa conseguirá transformar obras e um bom governo em votos, pesquisas eleitorais logo sinalizarão e as urnas responderão em 6 de outubro.
Fato é que tem o prefeito – hoje não mais o outsider, o desconhecido de 2020 – o que apresentar para o eleitor.
Reputo é um governo mais de acertos do que erros.
Não comungar ideologicamente com Zaffa, eleitor de Bolsonaro em 2018 e 2022, não me cega ao analisar seu governo.
Como Graciliano Ramos, entendo que a palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.
Assista a audiência pública completa clicando abaixo