Presidente do partido e prefeiturável, Airton Souza mandou nota ao blog ainda na sexta depois de tuíte sobre possível entrada de Abmael Oliveira na briga para ser candidato
É como na música dos Titãs: ‘cada um por si e Deus contra todos’, com o perdão da espetacularorisidade; duvido muito que Deus tenha tempo para os assuntos mundanos do PL de Canoas.
O partido que o blog que o costuma classificar como o das ‘viradas de mesa’ anda às voltas com as hipóteses para a eleição de outubro. Presidente da sigla e estrela da janela de filiações no PL, Airton Souza, diria, está um passo à frente dos demais se quiser, mesmo, ser o candidato — mas isso dura só pelo hoje. No PL, isso é quase a divida eternidade. Volta e meia as ameaças rondam e surgem os boatos de que, de novo, virá a notícia purgatória de que o rumo, dali para frente, será outro.
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Até lá e enquanto Airton estiver no comando, as coisas ficam assim: há três possíveis candidatos no PL: ele próprio, Nilce Bregalda e Felipe Martini. Só. Abmael, se quiser, disputa uma vaga à Câmara — e disputará. Confira a nota envida ao blog por Airton, na íntegra, e a seguir o ‘tuíte da discórdia’:
A Executiva Municipal do Partido Liberal de Canoas informa que está em fase de definição dos nomes que concorrerão pela sigla à prefeitura da cidade.
O presente pronunciamento se faz necessário, à medida que circulam notícias aventando possíveis nomes para compor tal candidatura que não correspondem com a realidade atual.
A Executiva reitera que o processo de escolha dos nomes de candidatos para concorrer à prefeitura de Canoas está em andamento, e que tal procedimento ocorrerá de forma democrática, com amplo diálogo e priorizando nomes que representem e respeitem os princípios do Partido Liberal.
Existem três pré candidatos a prefeito e a escolha ficará somente entre estes, estamos trabalhando com muita responsabilidade porque Canoas Merece Muito Mais 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Atenciosamente,
Executiva Municipal do PL.
Airton Souza, Presidente do PL Canoas.
Nilce, a ‘indesistível’, mantém sua pré-candidatura apesar do PL de abril ser bem diferente daquele de novembro quando ela e o Coronel Pacheco buscavam a indicação para irem às urnas disputar o voto bolsonarista. É a candidata-raiz, diria. Mas é disparada a menos conhecida dos três e em uma eleição sem TV, isso complica.
Airton tem a bênção dos cardeais do PL no Estado, Nilce só conta com boas orações. No popular, Airton tem voto, Nilce, não. Airton tem o que perder, portanto, em 2024; Nilce, não.
No ‘frigir dos ovos’, quando a chapa da eleição esquentar de vez, imagino que Airton decline da condição de candidato para disputar novamente uma cadeira na Câmara. Uma pesquisa dirá se viável manter-se na disputa ou pragmaticamente defensável manter o certo sem arriscar-se pelo duvidoso. É aí que Felipe Martini crescerá, se quiser — já que vereador não pretende ser de todo jeito.
O problema do ex-secretário de Saúde é a fama que o precede: nos bastidores da política, todos imaginam que ele irá desistir da candidatura antes da campanha. As conversas que manteve com Nedy de Vargas Marques e Márcio Freitas não ajudaram muito: o rastilho de pólvora aceso se espalhou como a dica de que, adiante, Martini se dobraria.
Pois o blog arrisca a dizer que, desta vez, os loucos escreverão a História.
Não os ‘loucos de atar’, esses que vêm à cabeça quando se conta uma piada de hospício, mas aqueles da História da Loucura, de Foucault; nele, o autor trata da compreensão da História a partir da psicologia. O foco é entender a razão e, admitida a existência dela, surge o conceito de ‘desfazão’, que é antítese da racionalidade — ou a loucura.
Achei pertinente lembrar.
