Após seis anos, Saul Sastre, personalidade de Cachoeirinha, foi absolvido das acusações de crimes de fraude licitatória e peculato em sua gestão na diretoria de administração e finanças do DAER, no governo José Ivo Sartori.
Denunciado pelo Ministério Público, Sastre restou absolvido nas esferas administrativa, cível e criminal, como mostra a sentença do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que você acessa clicando aqui.
Em 2017, Sastre pediu demissão do DAER após abertura de sindicância por contratação sob suspeita da Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage), que deu origem à Operação Abecedário, da Polícia Civil.
Em 2018, a casa do ex-diretor chegou a ser alvo de busca e apreensão por agentes da Delegacia de Repressão a Crimes contra Administração Pública e Ordem Tributária, do Deic; leia em Saul Sastre é investigado por suspeita de fraude no Daer.
– Sofri muito até provar minha inocência, que não houve dolo. Não me envolvi mais em política. Na época era pré-candidato a deputado federal e acabei sendo arrolado nessa maldade que me desgostou demais. Voltei para a área privada, reestruturei meu negócio e sigo empreendendo desde então, além de cursar Direito para poder entender a complexidade que havia me envolvido – disse ao Seguinte:, nesta sexta-feira.
Quem me acompanha sabe que não sou daqueles que permitem aos políticos apenas a presunção de culpa.
Em 2017, em Suspeita não deve abater Saul Sastre, escrevi sobre o administrador, professor de graduação e pós-graduação com mais de 20 anos de experiência na gestão de empresas públicas e privadas, escritor, ex-secretário municipal e então diretor da estatal:
“Saul Sastre (PSB) tem plumagem suficiente para não ser abatido em vôo, mas em tempos onde a convicção supera a prova certamente ficarão penas pelo caminho com a extensa reportagem produzida pelo Grupo de Jornalismo Investigativo de Zero Hora sobre supostas irregularidades envolvendo terceirizada no Daer”.
Ao fim, restou abatido da política, mas, como relata hoje, reconstrói sua vida, como um homem inocente.
Não sem nunca, porém, alguém lançar seu nome no Google e lá aparecerem notícias sobre a polícia na sua casa.
