Com alterações no projeto original, os vereadores de Cachoeirinha aprovaram por unanimidade alterações no Plano Diretor, que permitirão novo loteamento e a instalação de dois supermercados.
O Projeto de Lei Complementar 4.978/2024 tinha sido retirado de pauta na semana passada devido à polêmica sobre a suposta transformação da floresta do parque ambiental da Souza Cruz ser transformada em área residencial; leia em Alteração no Plano Diretor de Cachoeirinha tem polêmica sobre suposta transformação de floresta em zona residencial e Acerta presidente da Câmara de Cachoeirinha ao retirar projeto que causou polêmica sobre transformação de floresta em zona residencial; O que levou a isso.
O governo restringiu as alterações à transformação da área de transição ambiental para área predominantemente residencial em terreno já aterrado pela Bolognesi Empreendimentos, que projeta ampliar o loteamento Campo Belo.
A modificação enviada à Câmara pelo prefeito Cristian Wasem (MDB) contemplou as cobranças feitas por dois vereadores da base do governo, Marco Barbosa (Podemos) e Fernando Medeiros (PP), garantindo a aprovação inclusive com voto da oposição.
O líder do governo Otoniel Gomes (MDB) reafirmou o que tinha garantido ao Seguinte: André Lima, presidente do Conselho do Plano Diretor e assessor especial do prefeito: a mudança de zoneamento não atinge a área de 200 hectares de floresta.
Duas outras alterações já eram consenso: a alteração de zonemamento na av. Fredeciro Ritter, entre os números 220 e 532, para instalação de um Macromix Atacado, e na rua General Canabarro para a construção de uma unidade do Vancosty.
Ao fim, resta um bom acordo.
Porém, como nos artigos anteriores citados acima, e também em projeto semelhante em Gravataí – leia em Não é momento para tratar de aeródromo em Gravataí –, sigo sustentando que alterações em planos diretores não deveriam ser votadas em período eleitoral.
No caso de Cachoeirinha, reputo merecia maior discussão, principalmente no pós-enchente, a aprovação de uma alteração de zoneamento para permitir um novo loteamento com potencial para aumentar a população e a demanda por serviços como abastecimento de água, saúde e educação em um município de apenas 44 km² que, conforme o próprio Plano Diretor, já tem mais da metade do território urbanizado e/ou com o solo alterado pela ação humana.