SAUL TEIXEIRA

Inter de Roger e as virtudes do “TRABALHO” no Gre-Nal 443

Foto: Ricardo Duarte - Internacional Oficial

Vitória maiúscula do Internacional no primeiro Gre-Nal de Roger Machado vestindo vermelho. Um sábado memorável para um dos personagens mais vitoriosos da história do Grêmio. Ah, futebol! Louvado seja o maior Clássico do Mundo.

Vitória do time que entrou em campo mais equilibrado e mais bem treinado — embora Roger esteja no Beira-Rio há somente três meses. O Colorado, porém, “sangrou” sem Fernando e Thiago Maia. A mecânica perdeu fluidez. Ainda mais com Gabriel Carvalho novamente muito abaixo individualmente.

No segundo tempo, porém, o “favoritismo” entrou em campo. Com Bruno Tabata, Alan Patrick, Wesley, Bernabei, e o “oportunismo” de Rafael Borré. O fator “físico” talvez tenha pesado favoravelmente aos mandantes da beira do rio. Paulo Paixão!

O resultado consagrou o óbvio. O Internacional, embora às portas do Natal, vive momento promissor e flertando com o profissionalismo. A presença de D’Alesandro no vestiário talvez seja a “cereja do bolo” na esfera emocional.

Pelo lado azul da força, as entrevistas antes — do vice de futebol, Antônio Brum — e, depois da partida, do próprio chefe da Comissão Técnica, evidenciam a triste realidade: o projeto bateu no teto. A era Renato expirou o prazo de validade. Há tempos! Até mesmo a “Copa Gre-Nal”, que sustentou o trabalho de Portaluppi tantas vezes depois 2017, parece estar mudando de lado. Quatro derrotas seguidas para o maior rival.

Voltando ao campo, não existe estratégia que justifique a presença dos dois melhores atletas do Grêmio no banco de reservas. Pelo menos um deles deveria ter iniciado a partida. Soteldo ou Monsalve. Nem que fosse na vaga do “fantasminha” Cristaldo. O camisa 10 atua numa rotação incompatível com as exigências físicas da atualidade. E com a bola, é pouco decisivo. Os números não são dos piores, já nos grandes momentos…

Embora tenha iniciado o jogo muito bem postado, com marcação adiantada e negando espaços, aos poucos o tricolor recuou as linhas, perdeu ímpeto e a falta de qualidade, ilustrada pela escalação, “gritou alto”. Mesmo assim, ameaçou algumas vezes no contragolpe e na bola alta, principalmente depois do ingresso da citada dupla. Partida digna, mas muito aquém da grandeza histórica do gigante de 3 cores! A estrutura do time é previsível. Será que o trabalho poderia ser melhor em quantidade e em qualidade?

Há 50 anos, o Inter não vencia todos os clássicos de uma temporada. Foram três vitórias em 2024. “Em nenhum deles, jogamos na Arena”, lamentou Renato. Uma verdade, mas… sabemos que o ídolo também usou o argumento como “cortina de fumaça” para mais um fracasso contra o tradicional adversário.

Roger Machado! Voltemos ao grande vencedor do momento. Dez jogos de invencibilidade e de bom futebol. A vitória do Inter no Gre-Nal 443 teve um grande emblema. Foi o triunfo da ciência sobre o folclore. Foi o sucesso do estudo contra a intuição. Foi nocaute do treinamento contra o pensamento mágico.

O Futebol Além do Resultado, que aplaude Roger desde 2015, agradece!

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