TECNOLOGIA

Aula inaugural reúne estudantes do polo de Gravataí do Criar Jogos Labs, curso para desenvolvimento de jogos 100% gratuito

Cerca de 100 estudantes que inscritos no curso híbrido de desenvolvimento de games Criar Jogos Labs participaram da aula inaugural nesta sexta-feira, no auditório da Escola Estadual Barbosa Rodrigues, em Gravataí. O projeto, iniciativa do Instituto Burburinho Cultural, chega ao Rio Grande do Sul depois de quatro anos e mais de cinco mil alunos inscritos.

O curso é 100% gratuito e abre uma janela de oportunidades para essa garotada que consome jogos, mas ainda não se deu conta que tem possibilidade de criar de jogos.

“Nossa expectativa é trazer uma referência de projetos que envolvem tecnologia, educação e cultura para dentro da escola”, diz Priscila Seixas, presidente do Instituto Burburinho Cultural. “Essa escola onde vivem jovens que consomem tecnologia, jogam, ficam aprisionados pela tela, e nossa expectativa é abrir a cabeça desse menino e que eles possam perceber que além de consumir tecnologia, eles podem produzir tecnologia.”

A aula inaugural foi um recado da gamer Kali De Los Santos, autora de Tormenta20 e NerdcastRPG. “O recado que eu quero que fique para eles é que a gente, apesar de ser brasileiro e pensar que não existe isso no Brasil, tem sim. Temos potencial incrível de fazer jogos muito diferentes, muito fora da caixa e existe uma indústria brasileira que já faz, tanto para o exterior, mas que faz aqui dentro produz jogos que só a gente, sendo brasileiro, conseguiria fazer.”

Kali afirma que no Brasil se produz todo o tipo de jogo: “Jogo de tiro, jogo de música, jogo de terror, jogo de ação, jogo de enigma.  A gente tem muito potencial e eu quero que eles vejam neles também o potencial que têm para fazer jogos que só eles conseguiriam fazer.” Priscila acrescenta: “Até então eles pensam em jogar. Será que já pensaram em construir? O Instituto tem a missão de trazer projeto de inovação para pensar como construir política pública aliando tecnologia, cultura e educação.”

A partir desta terça-feira, 25, os estudantes estarão em sala de aula. A fase presencial tem duração de quatro meses. Vão aprender sobre letramento digital, pela via da iniciação na linguagem dos games, o diferencial do Criar Jogos Labs. O curso continua por meio de videoaulas, com acompanhamento de mediadores em sala de aula, e conta com módulos tais como Alfabetização Digital, Cultura de Jogos, Roteiro e Narrativa, Programação, Edição de Som, Game Design, Arte e Interface, e Criação de Protótipos. No encerramento do ciclo, os melhores protótipos de games são premiados.

Impacto social e geração de emprego e renda, além do fomento a novos talentos, estão entre os resultados desde que o projeto foi criado, em 2022. Pesquisas recentes apontam que o mercado de games movimenta até R$ 13 bilhões no Brasil e US$ 200 bilhões no mundo.  A questão é ampliar o número de criadores de games, porque o potencial para consumo está em ascensão permanente.

“A gente não sabe quais são as novas profissões de futuro, mas certamente a tecnologia faz parte de um futuro que a gente vive e não vai conseguir voltar atrás. A gente está abrindo uma janelinha para que estes estudantes possam se inserir neste mercado de trabalho”, acrescenta Priscila. O certificado do Criar Jogos é também certificado por todas as empresas que patrocinam o projeto.”

Um dos patrocinadores é o Instituto General Motors, que se fez presente na aula inaugural. A presidente do IGM, Daniela Kraemer, falou de “oportunidade de acessar novos conhecimentos” por meio do Criar Jogos. “Vocês não podem perder a essa oportunidade”. A vice-presidente do IGM, Audrey Wonghon, diz que a iniciativa faz parte do pilar de Steam Educação, do Instituto General Motors. “Estamos aqui aplicando este projeto incentivado, para que esses jovens possam ampliar o conhecimento e se desenvolver na área de Steam, que é Ciência, Tecologia, Engenharia, Arte e Matemática. E obviamente ajudando eles a construir um futuro melhor.”

Um dos estudantes empolgado com o curso e Henrique Correa, 15 anos. “Estou aqui para aprender algumas coisas para quando eu for trabalhar, conseguir uma vaga boa e também aprender sobre tecnologia e jogos. Gosto de games e tenho muitas experiências que não sei explicar, mas for sobrevivência jogos de sobrevivência, tenho muita experiência.”

O Instituto Burburinho Cultural é sediado no Rio de Janeiro, com colaboradores por todo o país e fora do Brasil. Além do Criar Jogos, realiza projetos como o Engenhoka e Proje7o Arco-Íris.

O Instituto General Motors, um dos patrocinadores do projeto, é o braço socioambiental da GM, que em 2025 completa 25 anos em Gravataí. A unidade, uma das mais novas da companhia na América do Sul, já recebeu ao longo de sua história investimentos na ordem de R$ 5,7 bilhões (R$ 1,2 bilhão anunciados no ano passado). Produziu mais de 4,7Além de colocar o município da região metropolitana de Porto Alegre no mapa da indústria automobilística nacional, oportunizou a cidade a passar da 12ª para a 4ª maior economia do Estado.

O Criar Jogos é um projeto viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto General Motors, Núclea e Grupo Boticário, realização do Instituto Burburinho Cultural e Ministério da Cultura, Governo Federal, Brasil União e Reconstrução.

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