O feminicídio é a principal linha de investigação no caso da jovem de 21 anos encontrada morta dentro da casa que alugava no bairro Imperial, em Gravataí, na manhã de sábado (24). O jornalista Humberto Trezzi revelou em reportagem em GZH que, de acordo com depoimentos coletados pela Polícia Civil, o crime teria sido motivado por ciúmes. O delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios, confirmou a linha preliminar da investigação.
O corpo da vítima, que trabalhava como atendente e recepcionista, foi localizado pela proprietária do imóvel na parada 103. A perícia solicitada pela polícia apontou asfixia como causa da morte: a jovem estava com um tecido comprimido na boca e um travesseiro sobre o rosto.
Sem antecedentes criminais ou registros de inimizades, o foco das investigações recai sobre um conturbado relacionamento da jovem, segundo relatos de testemunhas. Conforme fontes ouvidas por GZH, ela havia rompido o vínculo recentemente e expressado o desejo de não retomar a relação. Na noite de sexta-feira (23), a jovem combinou de sair com amigos, mas não apareceu no local — fato que gerou estranheza.
O suspeito, cuja identidade não foi divulgada, tornou-se alvo após desaparecer e desativar perfis em redes sociais após o crime. Testemunhas afirmam tê-lo visto deixando a residência da jovem na manhã do sábado. “Estamos trabalhando para localizá-lo e esclarecer as circunstâncias do crime”, afirmou o delegado Mário Souza.
O caso, inicialmente atendido pela equipe volante da Delegacia de Homicídios, deve ser encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) devido às características de feminicídio. A polícia aguarda conclusões periciais e reforça o apelo por informações que ajudem a encontrar o suspeito.
Caso confirmado, é o primeiro feminicídio do ano em Gravataí.