Enquanto rios como Gravataí e Sinos apresentam menor risco de cheias significativas, outras regiões do Rio Grande do Sul enfrentam a iminência de enchentes nas próximas horas. O alerta foi reforçado pelo prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, em vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (17), e pela Metsul Meteorologia, que monitora a situação hidrológica do estado.
Em mensagem direta à população, Zaffa informou que a Prefeitura de Gravataí está com “todas as equipes de plantão”, incluindo Defesa Civil, Guarda Municipal e secretarias de zeladoria. “Caso necessário, podemos dar respostas imediatas no resgate e alojamento de famílias atingidas”, afirmou. O prefeito recomendou cautela: “Fiquem atentos. Quem puder, não saia de casa. A chuva está aí, não vai parar, e as previsões não são boas”. [Assista ao vídeo do alerta aqui].
Os cenários críticos, o Guaíba e a Capital
De acordo com a Metsul Meteorologia, rios como Santa Maria, Ibirapuitã, Vacacaí, Jacuí, Taquari, Pardinho, Caí e Ijuí devem superar cotas de inundação a partir desta quarta-feira (18), com picos variando até o início da próxima semana. A região mais afetada inclui o Oeste, o Centro do estado (especialmente Cachoeira do Sul, Vale do Rio Pardo e Região Carbonífera) e partes da Serra.
Os dados são preocupantes: acumulados de chuva ultrapassaram 150 mm em 24h em cidades como Encruzilhada do Sul (159 mm), Santa Maria (155 mm) e São Borja (140 mm); entre sábado e terça-feira, São Vicente do Sul registrou 234 mm, e São Borja, 214 mm; até sexta-feira (20), preveem-se mais 75 a 150 mm no Centro-Oeste e região metropolitana, agravando as bacias do Jacuí e do Pardinho.
“Não é uma repetição de 2024”
A Metsul adverte que o Guaíba subirá “muito rapidamente” a partir do fim de semana, com alagamentos previstos nas ilhas, na Praia de Paquetá (Canoas) e em áreas represadas do Arroio Feijó (afetando Alvorada e Zona Norte de Porto Alegre).
Apesar do cenário grave, a Metsul ressalta diferenças cruciais em relação à tragédia do ano passado: na Serra, os acumulados atuais (até 150 mm) são inferiores a um quinto dos registrados em maio de 2024 (que chegaram a 1000 mm); as nascentes dos rios Caí, Paranhana e parte do Taquari estão fora da zona crítica de chuvas excessivas; e a cheia será “significativa” no Centro, mas sem a magnitude “extrema” de 2024.
Recomendações
A Defesa Civil estadual reforça recomendações:
: Moradores de áreas ribeirinhas devem monitorar os níveis dos rios.
: Evitar transitar em vias alagadas ou próximas a barrancos.
: Acompanhar alertas oficiais via canais municipais e estaduais.