RAFAEL MARTINELLI

Natura ‘acorda’ potencial logístico de Cachoeirinha com centro de distribuição de alta tecnologia

Prefeito Cristian na inauguração da Natura, em Cachoeirinha

Com a inauguração do novo Centro de Distribuição (CD) da Natura, Cachoeirinha acorda do sono sua vocação como polo logístico estratégico, agora no e-commerce. A escolha do município não é mero acaso: sua localização privilegiada, próxima ao Aeroporto Salgado Filho, às rodovias Freeway, ERS-118 e BR-116, e sua conexão direta com a capital gaúcha sempre fizeram dele um eixo ‘natural’ para a distribuição de mercadorias no Rio Grande do Sul.

Durante o ‘sono’, o município viu a vizinha Gravataí receber investimentos como Magazine Luiza, Log Logística, Americanas, Farmácias São João e Droga Raia.

O CD da Natura, instalado em parceria com a Cubbo Brasil com mais de 10 mil m² no Distrito Industrial, promete acelerar a entrega de produtos no estado, garantindo que 80% dos pedidos cheguem em até dois dias e que a Grande Porto Alegre tenha entregas em 24 horas — ou até no mesmo dia, no caso de compras online.

A chegada da Natura não apenas fortalece a infraestrutura logística local, mas também gera 200 empregos diretos, beneficiando a economia do município e reforçando sua relevância no cenário estadual. O prefeito Cristian Wasem (MDB) não escondeu o entusiasmo ao classificar o momento como “histórico” para Cachoeirinha. E de fato é. A cidade, que já possuía características ideais para a logística, restava adormecida.

Eduardo Sá, diretor de cadeia de suprimentos da Natura, destacou para Marta Sfredo, colunista de GZH, a importância estratégica do Rio Grande do Sul para a empresa e a decisão de voltar a operar no estado com uma estrutura ainda mais moderna e adaptável. O novo CD foi pensado para ser modular e tecnológico, garantindo maior produtividade e flexibilidade para atender às 80 mil consultoras da Natura e Avon no RS, além da crescente demanda do e-commerce.

Além da eficiência operacional, a Natura reforça seu compromisso com a sustentabilidade — ou melhor, com a regeneração ambiental. Ao descentralizar a distribuição e aproximar o centro de suas demandas, a empresa reduz emissões de carbono e otimiza rotas, incentivando até mesmo o uso de combustíveis menos poluentes pelas transportadoras.


Ao fim, como já analisei quando do anúncio do financiamento de meio bilhão acertado com os chineses para obras de resiliência climática e infraestrutura, Cachoeirinha parece estar saindo de uma década perdida, por problemas econômicos, como o pinote da Souza Cruz, e políticos, com CPIs, impeachments, denúncias de corrupção e cassações.

As expectativas, ao menos, estão colocadas, para deixar no passado expressão que uso no decorrer desse tempo de mistura principalmente entre noticiário político e policial: “Pobre Cachoeirinha!”.

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