Cachoeirinha subiu 30 posições no Índice Municipal da Educação do Rio Grande do Sul (Imers) 2025, divulgado no início deste mês. A cidade passou da 413ª para a 383ª colocação, alcançando índice 56,38 e registrando melhora em todos os quesitos avaliados.
O levantamento integra o indicador da Participação no Rateio da Cota-Parte da Educação (PRE), que considera o desempenho dos estudantes do 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental nas provas do Saers (Sistema de Avaliação da Educação do Rio Grande do Sul), aplicadas em 2024. O índice leva em conta os resultados em Língua Portuguesa e Matemática, além da taxa de aprovação escolar.
As enchentes de 2024 impactaram o funcionamento de escolas e a aplicação das avaliações em diversas cidades. Para evitar prejuízos a 95 municípios em situação de calamidade, a Comissão Técnica do Saers definiu a Resolução 1/2025, que assegurou tratamento equitativo: nesses casos, foram considerados os melhores resultados entre a nota de 2024, a média de 2022 e 2023, ou a nota de 2023.
Apesar das dificuldades enfrentadas, Cachoeirinha manteve o foco na melhoria dos indicadores. A secretária municipal de Educação, Isabel Fonseca, atribui o avanço ao conjunto de investimentos e políticas adotadas pela gestão municipal.
“Desde ampliação no atendimento da educação infantil, garantia do trabalho paralelo com o Plano Pedagógico de Acompanhamento (PPA), qualificação contínua dos profissionais em alfabetização e novas metodologias, temos trabalhado para fortalecer a aprendizagem”, destacou.
A secretária também ressaltou outras ações que contribuíram para o resultado: melhorias na infraestrutura das escolas, alimentação saudável, garantia de transporte escolar, ampliação do atendimento psicopedagógico e psicológico, criação de vagas em tempo integral e o fortalecimento de projetos de contraturno, como os realizados em parceria com Sesi, Senai, Sicredi, além de iniciativas como a Horta Escolar e a Orquestra de Metais.
Para efeito de comparação, Porto Alegre ficou na 485ª posição, com índice 42,80. Na capital, foi aplicado o mecanismo excepcional de 2024 — sem o ajuste, o resultado seria 37,79, reflexo do alto percentual de ausências nas provas.